Hello, L.! Dessa vez vou responder suas perguntas em ordem inversa. Orei por você assim que li sua mensagem. Imagino o quanto sua situação é aflitiva e sinto muito que você esteja passando por isso. Sempre que acontecerem essas interações tão desgastantes, reforce seu tempo de oração, corra para Deus e apegue-se a ele – afinal, Deus é nossa Mãe e nosso Pai perfeito, que nos ama de forma incondicional.
Minha primeira sugestão é que você defina, em oração e com bastante e calma, qual será sua contribuição nos trabalhos domésticos e quando você as realizará. Escreva em um papel e entregue para sua mãe. Diga para ela educadamente que sua prioridade é estudar, mesmo porque você não quer depender dela para o resto da vida. Diante disso, você se compromete a fazer o que está no papel. Ponto final.
Segundo, não importa qual seja a reação de sua mãe a esse papel que você entregar, não se desgaste tentando explicar os desafios que você tem enfrentado ao estudar online, etc. Seja breve e não discuta.
Aliás, queria compartilhar com você uma técnica chamada “Pedra Cinza”, que pode ser de ajuda com pessoas que nos provocam e gostam de drama.
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=vgRKb-D1D10&ab_channel=JulianaBuzzini
Você já tentou conversar com sua mãe, já tentou discutir, já tentou arrazoar com ela e, pelo jeito, nada funcionou. A meu ver, essas discussões estão satisfazendo algum anseio interior dela. Então, a melhor maneira de fazê-la parar é não alimentar esse anseio. Ignore, não demonstre emoção (eu sei que é difícil!) e, sempre que possível, saia de perto e deixe-a falando sozinha. Repita isso ao longo dos dias e semanas até que ela entenda que você não vai entrar em discussões e brigas. Se você se fizer de “Pedra Cinza”, com o tempo (não vai ser de imediato!) ela notará que não adianta provocar você.
Isso não é falta de respeito. Pelo contrário, é uma forma de evitar que discussão chegue a um ponto em que vocês duas baixarão o nível e dirão uma para a outra coisas que não agradam a Deus.
Terceiro, se ela tentar agredir você fisicamente, fuja. Saia de perto de imediato. Tranque-se no quarto ou no banheiro até vocês duas se acalmarem ou vá dar uma volta na rua. E, se a tentativa de agressão se repetir, avise que da próxima vez você vai chamar a polícia. E cumpra a promessa. Eu sei que parece meio exagerado, mas nenhum tipo de agressão física ou verbal dos pais é aceitável. Paulo diz muito claramente em Efésios 6.4: “E vós, pais, não provoqueis a ira dos vossos filhos”. Não dá para ser mais claro, não é mesmo? Se você reagir fisicamente, mesmo para tentar se defender, isso pode alimentar ainda mais o desejo de drama que sua mãe parece sentir. Portanto, remova-se da situação.
E, na medida do possível, aplique a mesma técnica com sua avó. Não tente fazê-la mudar de ideia. Apenas não reaja ao comportamento dela. Avise novamente em que horário você pode atendê-la e, se ela vier pedir para você enviar vídeos em outro horário, levante-se e saia de perto, tranque-se no seu quarto ou faça-se de surda. Em resumo, ignore.
Sim, eu entendo que estou sugerindo algumas coisas radicais, mas elas são técnicas comprovadamente úteis para quem está em situações de conflito e abuso e são maneiras de você se proteger e de preservar sua identidade nesse contexto doentio. Essas técnicas não dão resultado de imediato e podem até piorar as coisas por um tempo, mas elas funcionam em longo prazo (mas só devem ser usadas como último recurso, quando você vê que a pessoa está sempre tentando comprar brigas e dialogar não resolve).
E lembre-se de ligar ou usar o chat online do CVV caso esses pensamentos de morte persistam!
Sobre as outras questões de estudos e afins, conversamos mais adiante na próxima pergunta/resposta, ok?
Até a próxima!
Kisses,
Su