Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, S.! Como sempre, amiga, precisa ler a passagem dentro do contexto. O versículo que você menciona é 2Coríntios 6.14. Se você ler o versículo todo e o que vem depois, vai ver que Paulo está falando de contrastes: justiça X maldade, luz X trevas, Cristo X o Maligno, templo de Deus X templo de ídolos. Além disso, você precisa considerar a imagem que ele usa. Um “jugo” era uma peça de madeira usada para unir dois animais (geralmente bois) que trabalhavam juntos para puxar um carro ou um arado. Imagine colocar duas criaturas diferentes debaixo do mesmo jugo e querer que trabalhassem juntas (por exemplo, um boi e um cabrito, kkk). Não daria certo de jeito nenhum.

Juntando o contexto e a imagem, vemos que Paulo está falando sobre situações em que pessoas com valores, convicções e prioridades muito diferentes tentam trabalhar juntas em empreitadas que, para dar certo, exigem afinidade ou, mais ainda, comunhão de alma.

A ideia é que podemos ter contatos, amizades, interações com pessoas que não são cristãs, mas não há condições de trabalhar juntas de modo próximo para alcançar o mesmo objetivo maior – porque esse objetivo vai sempre ser diferente. O nosso objetivo maior como cristãos é agradar e servir a Deus. Os objetivos de não cristãos, por mais nobres que sejam, são outros.
A aplicação inicial do texto é a questões de trabalho (como, por exemplo, cristãos do tempo de Paulo que tentavam fazer sociedades comerciais com pagãos que adoravam falsos deuses). Na época de Paulo, muitos negócios eram realizados em templos de ídolos e misturavam interações sociais, religiosas e comerciais. Paulo estava dizendo para os cristãos não entrarem nessa mistureba, pois só traria confusão, e não conseguiriam trabalhar juntos.

Outra aplicação é a relacionamentos de amizade profunda e namoro/casamento. Nesses casos, não há como desenvolver comunhão verdadeira se os dois não têm o mesmo objetivo maior de vida. Para mais detalhes sobre isso, veja este post:

https://depapocomasu.blog.br/relacionamentos/2018/02/gosto-de-um-menino-que-nao-e-cristao-e-agora/

Podemos (e devemos!) ter colegas de trabalho, amigos e conhecidos não cristãos, mas precisamos estar cientes de que nunca vai ser possível aprofundar plenamente esses relacionamentos. E, em muitos casos, também não é recomendável trabalhar de modo próximo (como sócios de uma empresa, por exemplo), pois é possível que os valores morais e éticos sejam diferentes.

Até a próxima!

Kisses,

Su

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