Hello, A.! Interessantes suas perguntas. Como em tantas outras situações, minha opinião é de que não existe uma regra ou fórmula para todos os casos desse tipo. Cada pessoa precisa buscar orientação de Deus e, se possível, de cristãos mais experientes.
O princípio bíblico geral é que a gente dê nosso testemunho, acima de tudo, por meio de ações, de serviço, de bondade. Mais do que ficar falando de Jesus para uma família que não é aceita, o importante é viver de uma forma que mostre o amor de Deus. Isso pode significar coisas diferentes em situações diferentes. Procurar um convívio pacífico e respeitoso pode, em muitos casos, ser o primeiro passo nessa história. Deus pode fazer muita coisa por meio da atitude da pessoa. Veja, por exemplo, o que o apóstolo Pedro diz em 1Pedro 3.1-2. As mulheres deviam seguir os costumes daquele tempo (sujeitar-se ao marido) e ter uma “conduta honesta e respeitosa” para ganhar o marido para Cristo “sem palavras”. Obviamente isso não significava aceitar abuso ou violência, mas é uma indicação de que ações falam mais alto que palavras.
Se um filho é dependente dos pais e mora com eles, deve, sempre que possível, respeitar as regras deles. Se os pais proíbem de ir à igreja, talvez seja melhor não ir à igrej. A Bíblia não diz que todo mundo é obrigado a ir à igreja em todas as situações. Diz que o mais importante é o relacionamento com Deus. Agora, se os pais proibirem de orar e ler a Bíblia, pode ser apropriado desobedecer aos pais para obedecer a Deus. De novo, cada caso é um caso, com seus muitos detalhes e variáveis.
O mesmo se aplica a situações de perseguição. Não me parece certo que nós, cristãos cheios de liberdade e que não somos perseguidos abertamente, determinemos como alguém nessa situação deve proceder.
O princípio geral é o mesmo: obedecer autoridades (nesse caso, governamentais) sempre que possível, mas obedecer a Deus primeiro. Cada pessoa terá de aplicar esse princípio conforme o Espírito Santo guiar.
Eu tenho na minha família alguns parentes que mudaram de país para fugir de perseguição religiosa. E também tenho alguns que escolheram ficar onde estavam e foram presos e torturados. Para cada um, Deus deu uma instrução pessoal e, para cada um, Deus deu tudo que era necessário para viver naquela situação. O elemento constante é a confiança em Deus, no cuidado e na direção dele.
Até a próxima!
Kisses,
Su