Querida S., infelizmente, existem muitas interpretações assustadoras sobre essa questão da ceia, que só nos enchem de culpa e medo. Para começar a entender essa questão, precisamos lembrar que a ceia não é algo “mágico”, que tem poder de abençoar ou amaldiçoar, mas sim, um ato simbólico para ajudar a nos lembrarmos daquilo que Cristo fez por nós na cruz. É uma oportunidade de expressarmos muita gratidão a Cristo e renovarmos nosso compromisso com ele. Muitas vezes, durante a ceia, a única coisa que eu penso e digo em meu coração é “Muito obrigada!” ou “Me ajuda a andar com você, Jesus!”.
Tomar a ceia indignamente é participar desse ato simbólico sem ligar a mínima para Deus e para o que Cristo fez, ou mesmo numa atitude de rejeição a Deus. Se você busca o Senhor em sua vida diária, não tem como tomar a ceia indignamente.
Às vezes, diz-se que não podemos tomar a ceia se tivermos algum pecado em nossa vida, mas se isso fosse verdade, ninguém jamais poderia participar, pois enquanto estamos aqui na terra, nossa natureza pecaminosa continuará a existir e teremos de lidar com o pecado. Na verdade, a lembrança do sacrifício de Cristo deve nos fortalecer para andarmos cada vez mais perto dele e, portanto, cada vez mais longe do pecado. Portanto, não deixe de tomar a ceia só porque você fez algo que talvez não agradou a Deus durante a semana. Claro que o pecado tem de ser confessado e que precisamos receber perdão, mas isso não precisa, obrigatoriamente, acontecer antes de você tomar a ceia, ok?
Para entender o que Paulo disse sobre o “cálice dos demônios”, é importante ver o contexto de 1Coríntios como um todo e, especialmente, do capítulo 11. Paulo estava falando para pessoas que iam a templos de deuses pagãos oferecer sacrifícios. Embora os ídolos não existissem e não tivessem poder algum, a adoração a eles criava a oportunidade para que demônios oprimissem as pessoas (particularmente os nãos cristãos). Depois, algumas dessas mesmas pessoas que tinham adorado ídolos, apareciam na igreja para participar da ceia, como se Deus fosse mais um ídolo qualquer para elas adorarem também. Paulo estava corrigindo essa “bagunça” toda e dizendo que é preciso assumir um compromisso exclusivo com o único Deus verdadeiro.
E o que você comentou sobre não sentir a presença de Deus é algo normal na vida de todo cristão. Tem fases em que Deus parece mais próximo ou mais distante, mas isso é só impressão nossa. Ele sempre está perto de nós e dentro de nós, por meio do Espírito Santo, quer a gente perceba ou não. Ter fé significa agir conforme essa verdade, mesmo quando não a sentimos.
Por fim, sobre a questão dos bichos no céu, a Bíblia não diz muita coisa (veja, porém, Isaías 11). Eu também tenho animais de estimação e quero crer que vou reencontrá-los no céu, mas não dá pra dizer com certeza como vai ser isso.
A propósito, se tiver interesse, dê uma espiada na conversa que tive com outra menina sobre a vida eterna, céu e outras coisas mais: https://www.faithgirlz.com.br/index.php/1-su-como-eu-posso-ter-certeza-da-salvacao-2-e-estranho-pensar-q-no-ceu-a-gente-vai-viver-pra-sempre-vc-nao-acha-3-no-ceu-as-pessoas-nao-vao-continuar-casadas-ne-tipo-assim-todos-vao-ama/
Que Deus continue a abençoar imensamente sua jornada com ele!
Kisses,
Su