Hello, S.! Acho muito legal imaginarmos como eram as coisas antes de o pecado entrar no mundo. Esse exercício nos ajuda a visualizar em que direção Deus quer trabalhar em nossa vida no presente e como será o futuro nos novos céus e nova terra que Deus vai criar quando a história deste mundo chegar ao fim.
Podemos imaginar que o relacionamento romântico dos primeiros seres humanos era de profunda comunhão um com o outro, fundamentada na comunhão perfeita com Deus. Era um relacionamento 100% livre de mentiras, ciúmes, egoísmo, vergonha, culpa, tristeza, inveja, impaciência, condenação, mesquinhez, e mais uma porção de coisas. Embora jamais sejamos capazes de ter exatamente isso aqui no mundo com pecado, sem dúvida podemos cultivar um relacionamento que caminhe nessa direção. O primeiro passo é a intimidade com Deus. Depois, vem todo o trabalho de desenvolver amizade, companheirismo e comunhão com a outra pessoa – um trabalho que dura a vida toda e que, quando é feito sob a orientação de Deus e com ajuda dele, traz grande alegria e satisfação, apesar das muitas dificuldades e desafios!
E quanto à questão de atração física, aparência, desejo de casar, etc., é claro que um envolvimento romântico inclui alguma medida de atração pela aparência da outra pessoa – Deus nos criou para sentirmos atração física também. MAS, é interessante que, à medida que cresce a intimidade de alma, também cresce a atração física. Embora a aparência física talvez seja a primeira coisa a chamar a atenção, a gerar interesse e levar a nos aproximarmos da pessoa e puxar conversa, quanto mais desenvolvermos a amizade com base no caráter, na integridade, na honestidade e na dedicação da pessoa a Deus, mais atraente ela se tornará para nós em todos os sentidos. O desejo de beijar, abraçar, casar, ter sexo, de passar o resto da vida com a pessoa se torna uma mistura de coisas que inclui atração física, mas que se fundamenta principalmente na atração de alma. Afinal, com o passar do tempo a atração física diminui, a aparência muda bastante e a libido tem variações. Mas, o caráter devidamente cultivado se torna cada vez mais bonito, mais atraente – e o relacionamento baseado nele se torna cada vez mais sólido. Portanto, não podemos desprezar a atração física como se não valesse nada. Ela é um elemento importante. Mas também precisamos tomar cuidado para não colocá-la no centro do relacionamento, pois ela é transitória.
Até a próxima!
Kisses,
Su