Estas situações já aconteceram com você?
- A classe estava sentada em roda, em um debate superdescolado na aula de Literatura. Após a profe lançar uma pergunta curiosa, todos falaram o que pensavam, mas você ficou com medo de “falar bobagem” e permaneceu calada…
- A galera se reuniu no Bk para comer hamburger, tomar sorvete e conversar, mas durante todo o encontro você ficou quietinha com “medo” de falar algo que desaprovassem…
- Era uma dinâmica com a turma da escola dominical, todos tinham de ir à frente e compartilhar um aprendizado recente. Você esperou um, depois outro, ensaiou levantar-se, mas voltou. No fim, ficou por última e retornou ao seu lugar com vergonha de ter parecido, sei lá, “insegura”, “boba”…
Você prefere o silêncio ou têm medo de falar?
Há pessoas que preferem ficar em silêncio, que não fazem questão de ter respostas para tudo, que não se incomodam de não expressar suas ideias num determinado contexto. Mas trata-se de uma preferência, um comportamento natural que não as incomoda nem as prejudica. Se elas querem falar, falam sem nenhum problema. Não se trata de algo paralisante que gera desconforto ou sentimento de vergonha ou culpa.
Já há pessoas que têm medo de se expor, que se preocupam demais com o que os outros vão dizer e pensar, que se escondem com medo do julgamento alheio, que até têm fobia de se fazerem ouvir. Nesses casos, é comum que se sintam desconfortáveis, percam oportunidades e evitem qualquer situação em que tenham de se destacar.
O que está acontecendo com você?
Se você percebe que em situações semelhantes às dos exemplos acima você prefere ficar em silêncio, mas como decisão natural e fruto de sua vontade, tudo bem. Mas lembre-se que há situações em que você precisa fazer ouvir sua voz, pois certamente tem algo bom para acrescentar e ideias relevantes para compartilhar. Aprendemos muitíssimo não apenas quando escutamos, mas também quando falamos e obtemos feedback de nossos interlocutores. Aliás, é dessa forma que criamos uma opinião.
A opinião só nasce a partir da troca de pontos de vistas diferentes, através do diálogo, do debate e da exposição de ideias nem sempre concordantes. Quando falamos e ouvimos, avaliamos o que nos dizem e somos avaliados, consideramos diversas formas de pensar um assunto. A conclusão a que chegamos é justamente o que chamamos de opinião.
Agora, se você percebe que em situações semelhantes às dos exemplos acima você prefere ficar em silêncio, não como decisão natural, mas por medo de se expor, saiba que esse medo precisa ser superado, para que ele não a prejudique, fazendo-a perder oportunidades. Você pode começar aos poucos, dominando o frio na barriga, expressando suas ideias, colocando-se em foco. Mas se percebe que o medo é muito grande, o ideal é pedir ajuda.
Converse com seus pais ou responsáveis, peça dicas a uma amiga que se comunica bem, conte sua dificuldade aos seus professores e não tenha vergonha caso precise consultar um psicopedagogo ou psicólogo. Atividades como teatro, dança e clubes de leitura podem ser legais para você ir vencendo a timidez ou o medo.
O medo de se expor é algo que muitas pessoas enfrentam. Você não é a única. Mas, cá pra nós, Deus não nos criou para vivermos numa “caverna”. Ele deseja que não tenhamos medo de brilhar.
Com coragem e sem medo de pedir ajuda, você vai superar e brilhar, pode acreditar!
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