Hello, B.! Não precisa pedir desculpas, amiga! E fico feliz de saber que Deus tem usado o blog para ajudar na sua caminhada com Cristo. Ele é demais, não?
Eu também sou fã de livros/séries de fantasia, mitologia, etc. E acho a cinematografia algo superinteressante! De fato, a produção de GOT é excelente. Eu li os primeiros quatro livros e assisti a alguns episódios, mas depois desisti. Vou explicar os motivos.
Para começar, a série explorou demais as cenas de sexo, especialmente nas primeiras temporadas. Em minha opinião, foi algo desnecessário, que estragou aquilo que a história tinha de bom. Várias cenas de violência também poderiam ter ficado de fora sem comprometer a narrativa. Fazer séries e filmes realmente bons tem mais a ver com a arte de insinuar ou de dar a entender sem, necessariamente, mostrar. Não é preciso mostrar sexo explícito ou sangue correndo para todo lado. O espectador inteligente vai entender o que aconteceu. A meu ver, encher a mente com esse tipo de imagens e conteúdos não é muito saudável, mesmo que a produção, os cenários, a atuação, etc., sejam maravilhosos.
Segundo, eu entendo o que você diz sobre as personagens serem complexas. De fato, para uma história ser bem contada, os personagens precisam ter várias camadas e precisam mudar/evoluir. Ainda assim, minha percepção é de que faltam personagens que demonstrem verdadeiro caráter e que sirvam de exemplos de vida para nós (com exceção, talvez, do John Snow). Logo no começo da história, aqueles que mais parecem ter o potencial de bondade acabam morrendo. Além disso, existem poucos dilemas e conflitos éticos e morais. Pouca gente na história questiona com seriedade se suas ações e motivações são boas ou más. É mais um conflito de interesses pessoais e a ideia de que vale tudo para conseguir o que se deseja.
Compare GOT com LOR (Senhor dos Anéis), com WOT (A Roda do Rempo) e com Nárnia – algumas das melhores obras de fantasia, do meu ponto de vista. Você verá que GOT tem muito menos a ideia de vencer o mal por meio de integridade e de bons princípios. Também não tem muito o conceito de redenção, de alguns personagens que sejam complexos, mas que, por fim, mudam verdadeiramente para melhor. Enquanto em LOR eu vejo uma porção de coisas que apontam para Deus (especialmente nos livros!) e para os atributos dele, em GOT tem que espremer um bocado para achar um princípio cristão mais claro 🙂
Resumindo, não estou dizendo para você não assistir. Essa é uma decisão entre você e Deus. MAS, assista com espírito crítico (que, aliás, você pelo jeito já tem) e não deixe que a excelente produção distraia você do conteúdo e da mensagem essencial da história. Pergunte-se: depois de ler/assistir a GOT, em que isso me tornou uma pessoa melhor, mais parecida com Cristo? Que elementos da história me fazem pensar em Deus? Esse é um bom critério para avaliar diversas formas de entretenimento!
Até a próxima!
Kisses,
Su