Hello, A.! Concordo que o necessário, na verdade, é disciplina – não punição ou até vingança (você me desobedeceu/magoou, então vou fazer você sofrer), mas instrução no caminho certo, para desenvolver integridade, compaixão e mais uma porção de virtudes.
As conversas que você vai ter em sua família dependerão do nível de intimidade que você tem com essas pessoas e de quanta abertura elas dão para você expressar sua opinião a esse respeito. A meu ver, se a pessoa está dispota a ouvir, é sempre válido apresentar sua perspectiva de forma educada e respeitosa. Além disso, talvez você possa transmitir a informação (que muitos ignoram) de que castigo físico é contra a lei em nosso país. Não é raro pessoas que se dizem crentes falarem sobre como é importante respeitar a lei, mas, na hora de lidar com os filhos, fazer algo que é totalmente contrário à lei.
Por fim, é importante analisar como são esses castigos físicos. Eu sou contra todos os tipos, mas alguns casos realmente são mais nitidamente violências (cintadas e chineladas, tapas no rosto, apertões nos braços, daqueles que deixam marcas, e por aí afora). Se isso está acontecendo em alguma parte de sua família, você pode até fazer uma denûncia anônima pelo Disque 100. Uma pessoa do conselho tutelar gerlamente é enviada para conversar com a família e dar orientações mais claras (fique tranquila, pois ninguém vai tomar o filho de ninguém indiscriminadamente). Mas, antes desse último recurso, realmente o melhor caminho é tentar o diálogo. Se a pessoa se recusar a ouvir e continuar abusando fisicamente dos filhos, aí é hora de pensar em medidas mais drásticas.
Antes de falar com qualquer pessoa, peça muita sabedoria, direção e clareza para Deus. Ele tem profundo interesse em proteger as crianças e adolescentes de nossas famílias e em ajudar os pais a verdadeiramente discipliná-los e instruí-los bem, com amor e assertividade, nos caminhos certos que conduzirão a uma vida adulta saudável.
Até a próxima!
kisses,
Su