Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, A.! Essa é uma questão muito complexa. Primeiro, porque as famílias parecem achar que perder a virgindade é um crime capital. Em vez de criarem um contexto de orientação, diálogo, acolhimento, para ajudar meninas e meninos a tomarem boas decisões, que agradem a Deus, em todas as áreas da vida, existe essa coisa de que, se a menina não transou, tudo está ok. No entanto, nossas escolhas sexuais fazem parte de um quadro maior, de relacionamento com família e com Deus. Pais que nunca conversam com os filhos e não procuram entendê-los e orientá-los e que depois só aparecem para dar castigos humilhantes não estão dentro daquilo que Deus planejou para a família.
E as consequências também precisam fazer parte de um quadro mais amplo. Como você deve ter percebido, discordo de coisas que terceirezem a questão (mandar para a casa de algum parente, por exemplo) e que envolvam qualquer tipo de humilhação ou castigo físico.

Em minha opinião, as consequências precisam ser conversadas de antemão, em reuniões de família, em contexto de reciprocidade e diálogo. Cada família precisa costumizar essas consequências de acordo com as circunstâncias (uso de celular, permissão para sair, compras, horas de streaming/computador, etc.). Não existe fórmula. O importante é que os adolescentes estejam avisados com antecedência e que a consequência tenha um tempo estipulado (dias, semanas, meses).

Além disso, é fundamental que as consequências sejam acompanhadas de aproximação dos pais – convites para ler a Bíblia e orar juntos, maior disponibilidade para convesar, sair com os filhos, fazer atividades juntos. Talvez os adolescentes recusem tudo isso a princípio, mas eles com certeza vão perceber a disposição dos pais de caminhar com eles – e isso faz toda a diferença no presente e no futuro.

Sim, a sexualidade é um ponto importantíssimo tanto para meninas quanto para meninos. E ambos precisam pensar muuuuito bem, e com muito temor do Senhor antes de tomar decisões nessas áreas. Para isso, contudo, precisam do apoio não só de pais, mas de outros familiares, líderes da igreja, educadores e toda a comunidade ao redor deles. Pode parecer idealista, mas creio verdadeiramente que é para essa direção que precisamos rumar, com ajuda e graça de Deus.

Até a próxima!

Kisses,

Su