Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, L.! Para começar a desvendar essa questão, é importante entender que a Bíblia não é somente para ensinar e corrigir. Ela é revelação própria de Deus. No Antigo Testamento, quando vemos Deus agir na história e na vida das pessoas, ele está revelando quem ele é. O mesmo se aplica a tudo o que diz respeito a Jesus, Deus que se fez homem. Até mesmo as cartas do Novo Testamento revelam a pessoa de Deus por meio de suas palavras de instrução, ânimo e correção para a igreja. Como revelação apresentada em épocas, culturas e situações extremamente variadas, por meio de diversos autores com seus estilos pessoais, a Bíblia não é, portanto, um simples e árido manual sobre o que podemos ou não fazer. Para começar a nos mostrar um pouco de quem Deus é, ela usa de relatos históricos, poesia, narrativas parabólicas, profecias, cartas, etc. Essa riqueza de estilos reflete a riqueza do caráter de Deus. Vemos a mesma coisa na natureza, outra forma usada por Deus para se revelar.

Por isso a Bíblia não pode ser lida de forma literal. Precisa ser estudada, investigada com afinco, dentro de seus diferentes contextos. Se ela fosse literal, não poderia se aplicar a todas as pessoas, em todos os contextos de vida, em todas as épocas. Muitas das palavras da Bíblia não são simples declarações para serem entendidas ao pé da letra – elas são textos dos quais devemos extrair princípios de importância permanente. O salmo 91, por exemplo, é uma forma poética de dizer que, aconteça o que acontecer, a pessoa que anda com Deus está sempre protegida em sua alma. O mundo pode desabar, mas o âmago dessa pessoa estará seguro em Deus – eternamente. Podem vir perseguições, enfermidades, desgraças de todo tipo. Mas, em Deus, ela nunca será destruída para sempre.

Por esses e outros motivos, a gente sempre ressalta que a Bíblia precisa ser estudada com inteligência e com sujeição ao Espírito, para que vejamos a história, a cultura e a situação por trás de cada texto e compreendamos em nível espiritual que princípios ele traz para nós. Para identificar o que é literal e o que não é, precisamos estudar as regras de interpretação bíblica e nos valer de recursos que nos ajudam nesse processo. Sim, são recursos humanos, mas são produzidos por pessoas capacitadas por Deus. E, em última análise, quando estamos abertos para a ação do Espírito, ele nos dá bom senso e discernimento. Sem o Espírito, não há como ler a Bíblia de forma correta. Por isso os ateus se enrolam tanto em suas considerações do texto bíblico: eles não têm a “chave” para entendê-lo, que é o relacionamento pessoal com Deus.

Até a próxima!

 

Kisses,

Su

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