Hello, D.! Legal saber que você está analisando as propostas minimalistas. Na Netflix tem um documentário interessante chamado Minimalism. Se você estiver disposta a ler em inglês, sugiro este blog: https://www.becomingminimalist.com/becoming-minimalist-start-here/. O autor é cristão e, portanto, não transforma o minimalismo em religião, como fazem alguns.
E sinto muitíssimo de saber da sua entomofobia. O “não sei quando terei tempo para psicólogo” na verdade vai depender do quanto isso incomoda você e afeta suas atividades. Se você tivesse quebrado a perna e não pudesse andar, com certeza não diria “não sei quando terei tempo para o ortopedista”, rsrs. Falando sério, peça para Deus ajudá-la a avaliar até que ponto essa fobia interfere com sua vida. Se você notar que está deixando de fazer coisas por causa disso, recomendo que você no mínimo pesquise alguns dos vários tratamentos usados para lidar com essa questão (caso ainda não tenha feito isso). Dependendo do grau de sofrimento que isso provoca, é absurdo pensar em conviver anos a fio com um problema para o qual há abordagens com excelentes resultados.
Uma sugestão para você tentar é a dessensibilização. Comece lendo sobre borboletas grandes. Aos poucos, procure descrições detalhadas, explicações sobre fisiologia, etc. Torne-se uma especialista. Quando estiver mais à vontade com a parte conceitual, faça desenhos de borboletas. Em seguida, exponha-se a fotos. Sempre que começar a bater a ansiedade, dê uma nota de 0 a 10. Quando chegar lá por 5 ou 6, pare o exercício. Dá próxima vez, procure ir um pouco mais longe. No passo seguinte, assista a vídeos. Depois, exponha-se a borboletas mortas (um bom começo são aquelas que o pessoal coloca em pratos decorativos). E, por fim, às vivas. No passo final, é importante providenciar para que você esteja no controle e possa sair de perto a qualquer momento. Portanto, não comece visitando um borboletário ou se trancando num quarto com vinte cigarras, kkk. Baby steps!
O exercício acima é um resumo de apenas uma das muitas terapias para esse tipo de fobia. Quanto à causa do medo, ela precisa ser investigada numa terapia. A meu ver, não vale a pena ficar especulando sozinha a esse respeito. Aliás, nem sempre é possível descobrir a causa. Muitas fobias desse tipo são tratadas apenas de modo a alterar o comportamento. E, muitas vezes, saber a causa não altera o comportamento.
E, por fim, algo para refletir. Sei que você tem profundo amor por Deus e pelo mundo que ele criou. Peça para ela ajudá-la a conviver com essa parte da criação e admirar o modo como ele formou essas criaturas. Agradeça a Deus por elas, porque têm um lugar e um propósito no funcionamento de nosso mundo. Não se sinta culpada por não conseguir apreciá-las, mas agradeça mesmo assim, pois Deus sabia o que estava fazendo quando as criou. E peça para ele lhe mostrar de que modo e em que momento ele deseja libertá-la desse medo, ou ajudá-la a conviver melhor com ele. Falo por experiência própria que Deus tem uma forma muito delicada e muito eficaz de tratar nossas fobias (eu convivo com uma misofobia moderada). Nem sempre ele concede uma cura total, mas ele muda nosso foco e nos ajuda a seguir em frente. Como sempre, ele é bom demais! Bênçãos do Senhor para sua semana!
Kisses,