Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, D.! Tudo bem, graças a Deus. Só contando os meses para as férias em janeiro (as baterias internas estão esvaziando, rsrs). Como é bom ter dias de céu azul, não? Presente de Deus 🙂

Sua pergunta levanta uma questão interessante sobre as formas de expressão que encontramos nos originais da Bíblia e como devem ser traduzidas. Jeremias 32.18 é praticamente uma repetição de Êxodo 20.5. Veja como essas passagens aparecem na Nova Versão Transformadora: “Trago as consequências de do pecado dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me rejeitam” (Êx 20.5). “Mostras a tua bondade a milhares de pessoas, mas também permites que as consequências do pecado de uma geração recaiam sobre a geração seguinte” (Jr 32.18). E a explicação da Bíblia de Estudo NVT: “É importante atentar para os dois lados dessa equação. Deus não pune os filhos pelo pecado de seus pais. O que ele diz é que nossos pecados afetam as gerações futuras. Ao mesmo tempo, contudo, ele restringe os efeitos naturais desses pecados a três ou quatro gerações, enquanto estende, em sua graça, os efeitos da obediência até mil gerações (ver também Êx 34.6-7; Dt 7.9)”.

A palavra-chave aqui é “consequências”. Quando alguém escolhe viver longe de Deus ou toma decisões contrárias às instruções dele, isso pode ter consequências para essa pessoa e para sua família (às vezes, por mais de uma geração). É disso que a passagem está falando. Quantos casos não vemos de pais que fazem escolhas beeeem ruins e acabam prejudicando filhos e, às vezes, netos e bisnetos com as consequências naturais dessas escolhas? Situações desse tipo fazem parte do andamento da vida neste mundo em que existe pecado. É importantíssimo observar, porém, que as gerações futuras, ao buscarem socorro de Deus, podem receber forças, consolo e alívio ao lidar com essas consequências, ou mesmo ser poupadas de algumas delas. Ezequiel 18.20 diz: “O filho não será castigado pelos pecados do pai, e o pai não será castigado pelos pecados do filho”. Em outras palavras, existe diferença entre sofrer as consequências do pecado de outra pessoa (sem ter culpa pessoal) e ser disciplinado em razão de pecados próprios (em que existe culpa pessoal). Em ambos os casos há sofrimento, tristeza e outras consequências negativas. Mas, a ideia de culpa só está presente no segundo caso. E ainda assim, Deus está sempre disposto a oferecer arrependimento, perdão, restauração e recomeço. De fato, a justiça de Deus é sempre maravilhosamente contrabalançada com sua graça!

Espero que essas considerações a ajudem a refletir sobre essas passagens. Se ainda tiver dúvida, continuamos a conversa 🙂

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Até a próxima!

 

Kisses,

Su

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