Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, L.! Vamos começar com um esclarecimento. Aqui no blog, sou responsável apenas pela coluna “Pergunte à Su” e por alguns posts, que levam meu nome no final. Isso significa que, embora eu concorde plenamente com a linha geral do blog FaithGirlz, nem sempre os posts refletem, em detalhes, minha opinião sobre alguns pontos específicos.

A meu ver, o objetivo do post sobre o 13 Reasons Why foi mostrar que suicídio não é saída para nada. Você não “vence” problema algum tirando a própria vida.

Em minha opinião, a Hannah de fato estava doente – e muito! Nesse sentido, ela foi uma vítima de sua doença mental. Uma distorção da série, porém, é dar a impressão de que ela queria ser socorrida, mas ninguém soube ajudá-la de verdade, ou ninguém se interessou o suficiente. Na vida real, quando alguém realmente procura ajuda, geralmente encontra. Ela poderia ter ligado para um 911 (serviço de emergência dos EUA) e teria recebido apoio psicológico e psiquiátrico imediato.

Creio, portanto, que a intenção do post foi mostrar que, embora ela tenha sido vítima de sua doença, também foi, em certa medida, responsável por seus atos. É um equilíbrio delicado e extremamente complexo. Ao longo da série não é sugerido em momento algum que ela tivesse uma doença mental que a tirasse completamente da realidade (surtos psicóticos, por exemplo), impedindo-a sequer de entender que precisava de ajuda. Na verdade, pessoas se oferecem para socorrê-la ao longo do caminho até o final da série, mas ela não aceita.

E sim, houve um forte elemento de premeditação (ela levou tempo preparando as fitas, etc.), algo que, em casos desse tipo, geralmente não acontece.

Resumindo: é interessante assistir para ter uma ideia geral da história, mas não dá para usar esse tipo de programa para avaliar com propriedade questões reais de saúde mental e suicídio. O mesmo se aplica, por exemplo, ao filme “O mínimo para viver” (To the bone) da Netflix. Embora levante o tema dos distúrbios alimentares, não trata deles de uma forma que corresponda à realidade. Como sempre, temos de pedir a Deus muita cautela e sabedoria ao tratar de todas essas questões.

Até a próxima!

 

Kisses,

Su