Pergunta:

Oiii su!! sou eu de novo, aquela garota em que você disse para pra “viver com o pé no chão e a cabeça nas nuvens” KKK! não sei se você consegue reconhecer. Mas lembra daquele garoto que eu disse realmente gostar dele, mas eramos muitos novos e eu não queria esquece-lo e etc? não sei se você lembra. Ultimamente eu tenho andando muito confusa em relação a ele (não, eu não parei de gostar dele, se você pensou isso KKKK). Eu fui recentemente pra uma festa na congregação dele, a festa era para o presbítero, fui e sentei nos adolescentes porque me convidaram para ir sentar lá, então acabei ficando de costa pra ele, já que os meninos ficam em uma banca mais atrás. Quando passei a vista na igreja, eu vi uma menina muito linda na parte da frente, ela estava em uma posição bem visível. Casualmente olhei pra ela e vi que o olhar dela estava voltado para a parte de trás dos adolescentes. Su, eu nunca me senti tão insegura!!! Senti minha barriga dar um nó, aquela sensação foi horrível. Com toda certeza ela estava olhando pra ele, impossível não estar olhando. Ela estava em uma posição perfeitamente visível pra ver ele. Abaixei a cabeça e respirei fundo, e tentei prestar atenção no culto, mas eu estava incomodada com algo. Olhei mais uma vez para ela, e seu olhar estava voltado mais uma vez para a parte de trás dos adolescentes. Resolvi fingir que ia procurar uma amiga minha mais no fundo da igreja, passei a vista fingindo procurar ela, mas eu sabia onde ela estava, e olhei para ele. Ele estava olhando pro lado oposto da garota, com vergonha. Ele não via que eu estava olhando, mas via que ELA estava olhando. Tudo bem, comecei a pensar que: “— Na maioria das vezes que gostamos de alguém na adolescência, nos paramos de sentir qualquer afinidade com ela a partir do momento em que vemos outro alguém. Então ele com certeza achou seu outro alguém… Achei que essa paixãozinha não ia durar mais do que durou, e eu estou certa. No momento em que eu começo a “usar minha cabeça nas nuvens” é a hora que esse amorzinho acaba. Ele agora está facinado com ela, como eu e ele estávamos facinado um pelo outro logo no começo.” Isso foi meu pensamento naquela noite, eu não prestava atenção em nada. A semana se passou e eu ainda estava bem triste por aquilo tudo provavelmente ter acabado. Tudo bem que poderia acabar, mas eu não sabia que se isso realmente acontecesse eu iria ficar muito triste. Isso ocorreu em uma segunda. Chegou sexta-feira, dia do congresso dos jovens adultos, e o grande coral de adolescentes ia formar(eu e ele participávamos), eu estava totalmente desanimada, mas eu fui mesmo assim, e fui com minha melhor amiga(ela também faz parte do grande de coral). Chegamos e sentamos no nosso lugarzinho, e quando olhei pra trás me veio um flashback taooo grande, do último congresso de adolescentes, onde todas as congregações se juntaram e formaram um grande coral, todos os ensaios a gente se via, e nos 3 dias do congresso, a gente sempre se tornava visível um para o outro, sentavamos em lugares onde eu podia vê-lo, e ele podia me ver, pra aproveitarmos o culto e a companhia e visão um do outro. Acho que eu lembrei de tudo isso porque talvez esse congresso de jovens adultos, teria sido totalmente o oposto do congresso de adolescentes. E quando olhei pra trás eu vi ele. Ele tava sentado sozinho, o que não era normal já que ele sempre se sentava junto do seu primo. Eu vi ele e ele tinha me visto, isso tinhamos em comum, mas a coisa distinta era que somente eu olhei pra ele. Ele olhou rápido o suficiente pra notar minha presença, e quando o olhei ele não levantou o olhar e evitou qualquer contato comigo. Era aquilo, su! Eu realmente esperava por isso, eu sabia que tinha acabado por ali, mas aquilo me deixou tão triste. Primeiro dia do congresso ele passou por mim sem olhar muito, eu fiquei tão incomodada, que estava disposta a cortar qualquer contato com ele também, e parei de olhar ou sorrir pra ele no primeiro dia do congresso inteiro. Minha amiga me dizia que ele estava olhando, mas eu não quis checar, e continuei assistindo o culto. No segundo dia, o coral já estava cheio, então eu fiquei um pouquinho mais pra trás, tava com muita raiva por isso, pois eu queria aproveitar já que era o penúltimo dia, fiz de tudo pra mudar de lugar com alguém, de tudo mesmo, você não tem ideia de como eu tentei. Então eu parei e tive que me conformar com o lugar, mas quando olhei pra trás, quem estava lá? o primo dele me viu e ficou eufórico, cutucou ele discretamente(porém eu vi), e fuxicou no ouvido dele, ele se moveu muito rápido, e quando ele olhou pra mim eu virei pra frente. Eu não sei ao certo porque fiz isso, talvez eu estivesse tão triste e decepcionada a ponto de não olhar pra ele, não sei bem. Virei pra frente e assisti o culto. No terceiro dia, eu acabei ficando quase no mesmo lugar, alguma das minhas amigas estavam mas na frente com um lugar perto delas, não pensei duas vezes e tentei ir pra lá, mas a dirigente me tirou de lá e me colocou em outro canto mais atrás ainda, fiquei com muita raiva, acredite. Mas quando olhei para a banca que estava uma fila de distância de mim ele tava lá. Ele respirou fundo, e riu calmo, eu devolvi o sorriso. Algumas vezes eu olhava pra trás pra ver se ele ainda olhava, mas ele sempre sabia a hora que eu olharia e devolvia o olhar seguido de uma cabeça baixa. Ao terminar o culto ele passou por mim e falou com uma voz firme: — Tudo bom? — Tudo e tu? — To bem, a paz do senhor! — amém! então ele saiu quase rindo, ele conversou comigo tão calmo, o que era totalmente diferente porque ele sempre tinha mais vergonha que eu. Sempre que o vejo nos círculos de oração ele sempre respira fundo, e me dá a paz calmamente seguido de um sorriso, como se ele não tivesse mais vergonha alguma de mim. Será que agora ele só quer ser meu amigo, já que ainda pensa na outra menina? esse semblante mais calmo dele me confundiu, já que ele normalmente ficava mais nervoso que eu, mas ele não deixa de olhar pra mim. Então Su, minhas perguntas sempre são gigantes, mas é que eu gosto de te contar todos os detalhes, espero que não fiquei cansativo pra você. Beijoss, obrigada!! A.

Resposta da Sú:

Oi, A.! Claro que me lembro de você, amiga! Estava lendo com calma o que você escreveu e tentando entender o que está acontecendo de fato nessa história e queria convidar você a pensar com calma e orar sobre algumas coisas:

  1. Em minha opinião, você está interpretando demais a situação sem ter informações suficientes. Esse é o momento de usar seu lado racional e pensar que nunca sabemos ao certo o que se passa na cabeça dos outros. Você não tem como saber com certeza se ele está fascinado com a outra menina. É natural sentir-se insegura, mas não é motivo para desespero!
  2. Como eu comentei em nossa outra conversa, eu acho que valeria a pena você tentar desenvolver uma amizade com esse menino – algo que envolva comunicação por meio de palavras, e não só observação de expressões faciais e olhares, que podem ser super enganosos. Enquanto você não conversarcom ele e conhecê-lo melhor, não tem como dizer ao certo o que se passa. Se ele estiver a fim de ser seu amigo, ótimo! Comece por aí e veja como as coisas se encaminham.
  3. Esta é a parte mais difícil da história, mas é o exercício de entregar cada detalhe para Deus. Eu senti no seu relato um clima de ansiedade e angústia nesses encontros. Lembre-se de que, se esse menino faz parte do roteiro que Deus escreveu para você, as coisas vão acontecer em algum momento de um jeito natural. Deus vai providenciar isso. Portanto, cada vez que baterem as dúvidas e a ansiedade quanto a esse relacionamento, conte isso para Deus e peça para ele acalmar seu coração e lhe dar clareza no tempo certo. Muitas vezes, Deus usa essas situações de perplexidade para nos aproximar dele, para amadurecer nosso coração e para nos preparar para futuros relacionamentos. Pense nisso, converse com Deus e, eu lhe garanto que, com o tempo, as coisas vão se definir!

E, sempre que quiser, é só aparecer por aqui 🙂

Kisses,
Su

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