Pergunta:

Resposta da Sú:

Oi, A.!  Com base no que você fala, a impressão que eu tenho é de que, para você, a vida com Deus é mais uma questão de comportamento do que de relacionamento. Claro que nossos comportamentos são importantes, mas eles são resultado de nosso relacionamento com Deus. Se você realmente reconheceu que Cristo é seu Salvador, se você aceitou o amor imenso de Deus por você, esse é apenas o começo do relacionamento. É fundamental você se aprofundar no amor de Deus, entender cada vez melhor a graça, a compaixão, a misericórdia de Deus por nós. Quanto mais percebemos o tamanho do amor de Deus, mais nos sentimos agradecidos e motivados a andar com ele. Essa é a razão de evitarmos alguns comportamentos. A Santa Ceia é para todos que estão em Cristo, pois ela é lembrança desse amor divino que nos salvou. Você fez muito bem em tomar a Ceia, pois ela também é reconhecimento de que somos falhos e precisamos de perdão e graça do Senhor (afinal, ela lembra o que Cristo fez por nós). Deixar de tomar a Ceia porque você cometeu pecado X ou Y só vai enfraquecer você e abrir espaço para o inimigo encher sua cabeça de acusações e culpa e tentar afastá-lo do relacionamento com Deus.  

Quando Paulo falou sobre tomar a Ceia indignamente (1Coríntios 11), ele estava se referindo a pessoas que, em suas atitudes e ações, estavam mostrando que não tinham um compromisso sério com o corpo de Cristo. É válido a gente examinar nossa vida e pedir ajuda de Deus para as coisas que não estão em ordem, mas, depois disso, a gente deve, sim, tomar a Ceia. Veja o que diz 1Coríntios 11.28: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim como deste pão e beba deste cálice”. Se você está lutando com dificuldades repetidas em sua vida espiritual (como todos nós!) isso não é motivo para deixar de tomar a Ceia.  Copiei abaixo um texto que escrevi sobre essas falhas que cometemos repetidamente. Leia com atenção, pense com calma e deixe o Espírito falar com você.

Em vez de ver Deus como um Juiz Carrancudo que está anotando quantos pecados você cometeu hoje, peça ajuda do Espírito Santo para vê-lo como Pai infinitamente amoroso, o maior interessado em ajudar você a viver de modo agradável a ele.  Pense nisso tudo e, se quiser, volte para conversarmos mais, ok? Estou à disposição!

Graça e Paz!

Su

Pecar repetidamente X viver em pecado

Você aceitou Jesus como seu Salvador e Senhor de sua vida. Ainda assim, volta e meia comete aquele mesmo pecado. Já pediu perdão duzentas mil vezes. Já prometeu que não faria mais. Já pediu ajuda de Deus para não pecar. Mas continua acontecendo.

Imagina que Deus se cansou de perdoar você e desistiu de você. Parou de falar com ele, pois se sente triste e sujo. Afastou-se da comunhão com outros cristãos. Ou deixou de tomar a Ceia do Senhor. Concluiu que está “vivendo em pecado” e é um caso perdido.

Se você está nessa situação é fundamental entender que pecar repetidamente e viver em pecado são duas coisas bem diferentes.

Viver em pecado é uma atitude interior de total rebelião contra Deus. É viver como se ele não existisse. Não reconhecer a salvação e o senhorio de Jesus. Recusar-se teimosamente a obedecer. Agir sem que a consciência acuse, sem sentir o peso do erro, sem entristecer-se com a própria fraqueza.

Em resumo, viver permanentemente em pecado é algo que não acontece com uma pessoa que é salva e que tem o Espírito Santo dentro de si.

A Bíblia diz: “Sabemos que os nascidos de Deus não vivem no pecado, pois o Filho de Deus os protege e o maligno não os toca” (1João 5.18). Se Cristo é nosso Salvador, não vivemos em pecado porque ele não permite. Ele nos protege, nos ajuda, nos conduz pelo caminho certo – mesmo que, às vezes, a gente perca o rumo e passe um tempo longe dele. Deus sempre nos traz de volta para junto dele, pois ele é muito maior e mais poderoso que qualquer coisa pecado nosso.

Todo cristão, porém, luta com alguns pecados recorrentes. São áreas de nossa vida em que parece mais difícil obedecer e confiar em Deus. Se você está caindo sempre no mesmo ponto, considere as seguintes questões:

1. Talvez você esteja tentando resistir à tentação com suas próprias forças, em vez de correr para Deus e pedir socorro dele cada vez que tem vontade de fazer as coisas do seu jeito.

2. Talvez você imagine que a santificação acontece de uma vez só quando, na verdade, ela é um processo. Nossa parte não é “santificarmos a nós mesmos” – tipo, fazer tudo certinho para, então, nos aproximarmos de Deus. Nossa parte é buscar a Deus sem parar, aconteça o que for.

3. Talvez você tenha se esquecido de que, sempre que confessamos um pecado e pedimos perdão, Deus perdoa e começamos da estaca zero (Salmos 103.12; 1João 1.9).

3. Talvez você precise da ajuda de outros cristãos para lidar com essa questão. Deus nos criou para crescermos juntos na fé. Precisamos de pelo menos uma pessoa que nos ouça sem julgar, que ore conosco e que nos acompanhe na luta contra o pecado.

4. Talvez você precise tomar medidas práticas e ser criativo para fugir do pecado. Não adianta se colocar em situações que trarão tentações e imaginar que algo diferente acontecerá. A Bíblia nos instrui a “resistir” e a “fugir” daquilo que afeta nossa obediência e nossa confiança (1Coríntios 10.14; Tiago 4.7).

5. E, por fim, talvez você precise ter paciência consigo mesmo e compaixão de si mesmo enquanto Deus trabalha em sua vida. Se cair, peça perdão e saiba que Deus o levantará – um milhão de vezes, se precisar (Salmos 37.23-24).

Estude as verdades da Bíblia e não deixe o Inimigo afastá-lo do Senhor com mentiras e com falsa culpa. Apegue-se firmemente a nosso Deus de amor. Ele é santo, mas é perdoador. É justo mais é misericordioso.