Hello, L.! Tudo bem por aqui, graças a Deus! 🙂 Eu tenho orado por você e pedido que o Senhor a dirija para uma igreja mais bíblica. Eu juntei as duas perguntas que você enviou porque, em última análise, aquilo que você descreve em ambas aponta para a mesma questão: uma ausência de verdadeiro evangelho, de conceitos realmente bíblicos do que significa ser igreja.
Como a gente está cansada de falar e ouvir, não existe igreja perfeita, MAS (e esse “mas” é muito importante), existem igrejas que se esforçam realmente para seguir os princípios bíblicos de vida cristão em todos os aspectos. Você apontou para vários aspectos problemáticos nessa comunidade em que você congrega, coisas que visivelmente mostram uma falta de preocupação em seguir aquilo que a Bíblia diz sobre verdadeira comunhão, cuidado uns com os outros no corpo de Cristo, compaixão, e por aí afora. Acrescente-se a isso essas esquisitices todas de “judaizar” a igreja sem fazer uma ponte com o cristianismo (afinal, as festas judaicas todas apontam para Cristo e tudo o que ele ia fazer por seu povo) e você tem um ambiente muito disfuncional, que pode acabar prejudicando aqueles que estão verdadeiramente buscando uma caminhada autêntica com Cristo.
O que você falou em sua primeira mensagem não é frescura sua. É essencial nos sentirmos acolhidos por aqueles com quem nos reunimos para adorar a Deus e aprender. Se não existe um mínimo de acolhimento, um mínimo de preocupação genuína uns com os outros (e não apenas com as funções que eles desempenham na igreja), fica muito difícil ter algo que se pareça com comunhão. É só ler as cartas para igrejas do Novo Testamento e você verá que essas questões não são novas. Estavam presentes desde o começo e precisavam ser tratadas. Se fosse frescura sua querer uma igreja em que você se sente aceita, Paulo não precisaria ter escrito nenhuma das epístolas dele. Portanto, amiga, você tem minhas orações e meu apoio nessa busca por uma comunidade de fé que a receba melhor e que se fundamente mais na Palavra. Que o Senhor fortaleça você, ajude você a transpor as barreiras práticas/logísticas e conduza você a um lugar de adoração genuína e de acolhimento.
E, quanto a esse “judaísmo fake” que sua igreja parece ter adotado, ele não faz nenhum sentido. É ótimo aprendermos sobre as festas de Israel e até incluirmos alguma coisa em nossas celebrações de vez em quando (na nossa igreja, no culto de Páscoa, um judeu explicou para todos significados dos vários elementos da refeição pascal e, depois, associamos isso a elementos do cristianismo e celebramos juntos a ressurreição de Cristo). Agora, querer tirar a manjedoura do Natal (manjedoura é algo histórico, oriental e bíblico), por exemplo, é absolutamente ridículo. As festas e os símbolos judaicos só fazem sentido dentro da igreja como parte (válida e importante, mas incompleta) da história da redenção que se completa em Cristo. Purim, por exemplo, é uma prefiguração da salvação em Cristo. Hanuká aponta para Jesus como luz do mundo, o cordeiro Pascal é vívida imagem do sacrifício de Cristo, e por aí vai. O que sua igreja está fazendo, em minha opinião, é inventar moda onde não tem cabimento. O tempo que a gente tem por semana para adorar e aprender juntos há é curto e precisa ser usado para coisas mais fundamentais.
Permaneça firme em seu propósito de buscar um lugar mais adequada, amiga, e confie que Deus proverá tudo de que você precisa!
Paz de Cristo e até a próxima!
Kisses,
Su