Pergunta:

Oi de novo su kkk. Acho que vou ficar enchendo seu saco kkk. Su por que aluguns jovens e adolescentes se mostram mais responsáveis e maduros, para idade que têm? Lembra que eu te falei que eu não acho muito certo moças casarem cedo, por pressão da igreja e tal, sendo que tem muitas coisas para conhecerem, estão em fase de descobertas. Mas uma amiga minha, já estavada “casada”( não no papel) aos 16 anos com um homem de 33 anos. E estão juntos até hoje. Conheci ela em 2011 para 2012. Ela se mostra uma mulher muito adulta. E eu sempre falam que sou muito inteligente. Só que dai as vezes, minhã diz que sou madura demais, para certas coisas, mais para outras não. Como você já sabe. Tenho 23 anos e começei a frequentar minha ex igreja aos 12, e por isso, sempre tive a consciência de o sexo era só para depois do casamento (casamento perante Deus e a lei civil). Mas eu não julgo minha amiga, pois vejo ela ela demonstra ser responsável, esperta. Eu sei que cada um tem seu ritmo e a maturidade acontece com a experiência. Mas parece que não aprendo com a “experiencia” e repito os mesmos erros. Sei que não devo me comparar, pois sou especial e única para Deus. Mas eu quero ter uma certa indepencia da minha mãe, tanto financeira, quanto emociolmente. Não que eu quero fazer tudo o que der na telha, pois nunca foi desse tipo, de querer liberdade, para ir a baladas, fazer coisas típicas de “adolescentes”. Mas parece que a fase dificil começou depois dos 18 anos para cá. Não que eu não tive problemas. Mas não era problemas como a maior parte que os adolescentes têm. Quero independência, pois preciso de um lugar só meu, começar desde já, a ter responsabilidade pelos meus atos, ser adulta. Descobri minha identidade (em Cristo Jesus). Descobrir meus potenciais e talentos e/ou colocá-los em prática. Até, porque tenho problemas com minha mãe, que também tem com a mãe dela. Eu preciso já a de, uma certa forma, ter autonomia para as coisas. Muitas vezes sou acomodada e espero minha mãe fazer as coisas por mim ou mandar. Eu não iniciativa em começar, por exemplo: Arrumar casa, ver o que tem para fazer, e as vezes faço pela metade e não observo detalhes. Exemplo: Varro a casa, passo pano, lavo o banheiro, mas não lembro de tirar a sujeira que acumula nas paredes, tetos e é quase sempre assim. Minhã mãe disse que só vou começar a dar importância, quando tiver minha própria casa e família. Eu não tenho experiencia nenhuma em trabalho. Fiz alguns cursos, mas até hoje, não fui atrás dos diplomas. Eu fiz um curso que era preparatório parpossíveis possiveis empregos, que ensinava um Mix de coisas, desde a saber o que é uma empresa, o que se precisa para iniciar um negócio (capital, pontos, produtos necessários), até fazer calculos sobre salários, férias renumeradas, encargos trabalhistas, Inss, previdencia social, calcular quanto dinheiro e férias a tem direito, e quando perde por dia, caso ela falte no trabalho, e direitos e deveres dos funcionários e patrões. Eu to meio enferrujada. Mas tenho apostila e posso revisar. Acontece que me sinto insegura, de não conseguir realizar as coisas, mesmo que me esforce. E outra coisa, minha mãe não vai sempre aos cultos e nem eu. E eu quero começar a frequentar minha igreja, estar em comunhão e as vezes minha mãe quer ir ao culto na igreja dela (minha ex igreja)e quer eu vá com ela. Mas a fente acaba ficando deslocada. Mas eu prefiro fixar na minha igreja, pois já estou desde 2014 lá. Kisses. L.

Resposta da Sú:

Hello, L.! Maturidade e responsabilidade são constituídas de um amplo conjunto de coisas, entre elas incentivo e estímulo, tipo de educação e instrução recebidas em casa na infância, ambiente doméstico e social, relacionamento com os pais, relacionamento com Deus, tipo de ensino escolar, tipo de personalidade e, de acordo com alguns, até mesmo bagagem genética. Essas são apenas algumas variáveis. Como disse alguém, não somos igual mamão que é só embrulhar em jornal e, no dia seguinte, está maduro, kkk. Nosso amadurecimento é um processo, e tem um ritmo diferente para cada pessoa, dentro de suas realidades e suas limitações e potenciais.

Meu conselho, portanto, é que além de não se comparar (como você lembrou bem que não deve fazer), você não se pressione. Cobranças próprias não são produtivas. Melhor usar essa energia para medidas práticas. Um bom passo inicial seria você buscar um psicólogo ou psicopedagogo especializado em aplicação de testes vocacionais. Para mais sobre vocação, profissão e afins, veja a conversa que tive com outra menina esses dias:

https://www.faithgirlz.com.br/index.php/ola-su-tudo-bem-estou-com-quase-20-anos-e-ainda-tenho-muitas-duvidas-em-relacao-a-qual-profissao-seguir-ja-li-muito-a-respeito-e-tambem-conversei-com-profissionais-mas-as-duvidas-persistem-e-isso/

Ao entender sua vocação, ficará mais fácil escolher cursos profissionalizantes e áreas em que você poderá buscar trabalho. Não se acanhe de procurar trabalho informal também. Pode ser muito útil, em vários aspectos começar a ter uma pequena fonte de renda.

Quanto às demais questões de identidade, independência, etc., sinto que você está buscando respostas claras (e talvez imediatas?) para coisas que todos nós vamos aprendendo aos poucos ao longo da vida, com experiências (sim, todos nós aprendemos com elas, mesmo quando parece que não, rs), erros, conselhos de outros. Quem sabe é hora de você pedir mais concentradamente para que Deus lhe dê paciência e perseverança – consigo mesma, com  outros ao redor, com suas circunstâncias, com as pequenas coisas diárias. Peça que Deus lhe mostre apenas o próximo passo. Você não precisa (e não deve tentar!) “se resolver” ou solucionar todas as questões da sua vida de uma vez, de imediato. Isso não existe. Só cria expectativas falsas e frustração.

E procure mudar seu foco de si mesma para outras pessoas (vou falar mais sobre isso em outra resposta adiante).

Ah, e quanto à igreja, dentro do possível, fique onde você está. Não parece haver motivo real para mudar, não é mesmo? Uma coisa é ir de vez em quando a outros cultos para acompanhar sua mãe, mas isso não significa que você precisa (ou deve) sair de onde está. Continue a orar por isso também!

Traga à sua memória, diariamente, que Deus é o maior interessado em fazer sua vida avançar em direção aos planos e propósitos dele. Talvez você se sinta “estagnada” no momento, mas considere a possibilidade de que você está exatamente onde Deus quer, pois ele tem razões para permitir essa fase, por mais difícil que seja. Peça ajuda do Espírito para confiar no amor e na bondade do Senhor por você!

Até a próxima!

 

Kisses,

Su

 

P.S.: Deparei com esse artigo esses dias e lembrei-me de seu interesse por esse assunto. Pareceu-me um posicionamento bastante equilibrado: https://teologiabrasileira.com.br/maldicao-hereditaria-uma-analise-teologica/