Se você curte assistir a séries no Netflix, certamente já ouviu falar ou já assistiu ao documentário O dilema das redes sociais (The social dilemma), que retrata possíveis efeitos do uso inadequado das redes. A classificação indicativa do documentário é de 12 anos e, caso tenha idade suficiente para assisti-lo, chame seus pais, vejam juntos e compartilhem suas impressões sobre o conteúdo.
Neste artigo, não vamos entrar no mérito se o documentário é mau ou bom, se é radical ou se tem a medida certa. Deixaremos isso por sua conta e incentivamos que converse com seus pais, professores, líderes e amigos acerca do tema. O que queremos abordar aqui são dois fatores indiscutíveis que permeiam todo o documentário e que, sim, todas as pessoas, independentemente da idade, precisam prestar atenção quando o assunto envolve o uso das redes sociais: o equilíbrio e a inteligência.
Vilãs ou mocinhas?
As redes sociais, assim como outros meios de comunicação, podem ser extremamente úteis. A TV, por exemplo, não é algo essencialmente ruim, muito menos o celular. Tais tecnologias facilitam a vida e viabilizam serviços de utilidade pública, como os telejornais e os programas educativos. Já pensou se em plena pandemia da COVID-19 não tivéssemos TV ou Internet para saber do que estava acontecendo e tomar medidas de segurança? Por isso, seria injusto dizer que as redes são algo essencialmente ruim, que elas são vilãs, ponto e acabou. Se o fizéssemos, algo não estaria justo, já que tais ferramentas podem ser usadas para o bem. Você percebeu a palavra em itálico: essencialmente? Quando se trata das redes — pelo menos as que possuem políticas de uso que respeitam os Direitos Humanos e que são acompanhadas pelos órgãos de segurança — devemos ter em mente que elas não são um mal em si. Tudo dependerá do uso.
Equilíbrio
Se você passa a maior parte de seu dia navegando nas redes, sem equilibrar sua agenda com outras atividades, como praticar exercícios, estudar, conversar com parentes e amigos, dormir e se divertir, certamente vai ter prejuízo em alguma área de sua vida. Isso é inevitável! Nosso organismo — e, em especial, o nosso cérebro — precisa de movimento, de desafios e de interação social. De fato, neurocientistas chegaram à conclusão de que nosso cérebro é um órgão social e que ele precisa sentir outras pessoas por perto para estar em pleno estado de saúde. O contato mediado por telas não vale.
“Nosso cérebro é um órgão social e precisa sentir outras pessoas por perto para estar em pleno estado de saúde. O contato mediado por telas não vale.”
A palavra equilíbrio vai além: ela também diz respeito à nossa postura diante do mundo e das circunstâncias. Afinal, é horrível ver pessoas descontroladas criando confusão e despejando todo tipo de palavrões, bizarrices e baixarias nas redes sociais. Sim, há muitas postagens que dão total vergonha alheia! Por isso, antes de apertar o “compartilhar”, lembre-se de que a Internet é um ambiente em que mais de 4,1 bilhões de pessoas estão conectadas e que nem todo mundo tem boas intenções!
Inteligência
Seja inteligente ao usar as redes? Não seja ingênua. Jamais publique informações pessoais, fotos íntimas ou vexatórias ou aceite chantagens. Quando se trata de Internet, seja esperta e não dê bobeira! PROTEJA-SE e denuncie sempre que perceber que há bullying ou algum tipo de ação indevida ou criminosa. O mundo, infelizmente, está cheio de bandidos e bandidas que estão prontos para passar a perna em quem está distraído. Portanto, atenção!
Sim, como todos os avanços que a humanidade vivenciou, as redes sociais trazem consigo muitos dilemas, mas cabe a cada pessoa refletir sobre a própria conduta, buscar informação de qualidade e agir com sabedoria, sabendo dizer não ao uso inadequado e exagerado e a tudo que possa gerar dano a si e aos outros.
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