Hello, D.! Fique à vontade para mandar quantas perguntas quiser – em “suaves prestações” 🙂
Estamos aqui para conversar!
Pra dizer a verdade, mas não vi nada de esquisito nas duas questões que você descreveu, rsrs. Se timidez é esquisitice, então eu e mais um milhão de pessoas também somos esquisitos! O que você descreve sobre falar em público, é extremamente comum. Eu dou aulas e palestras e, por vezes, tenho essas mesmas sensações de “pânico de palco”. Em parte, tem a ver com nosso tipo de personalidade. Algumas pessoas simplesmente são mais introvertidas e não gostam muito de se expor em público. Não tem absolutamente nada de errado com isso. Aliás, quando Paulo fala sobre sermos “um só corpo”, mas com “muitos membros”, cada um diferente do outro, eu imagino que inclua os diferentes tipos de personalidade também (veja 1Coríntios 12.12-27). Aliás, ele fala de partes do corpo que ficam mais “escondidas”. Em minha opinião, o ideal seria a igreja / os líderes respeitarem um pouco mais essas diferenças de personalidade e não ter a expectativa de que todos se coloquem à frente no culto. Algumas pessoas vão ter mais facilidade para orar, falar, cantar, etc. diante da igreja. Outras vão preferir exercitar seus dons de modo mais discreto. Não se trata, portanto, de algo espiritual e, a menos que você tenha sérios problemas de ansiedade (do tipo que incomoda constantemente), também não se trata de algo físico – é apenas timidez.
Uma coisa que me ajuda a lidar com isso é mudar o foco. Nós tímidos temos a tendência de pensar em nós mesmos – se vamos fazer ou falar algo errado, se outros estão notando nosso nervosismo e o quanto estamos tremendo e mudando de cor (rsrs). É claro que isso só aumenta o medo! Nessas horas, podemos pedir ajuda de Deus para concentrar a atenção na mensagem que estamos transmitindo e naquilo que ele deseja fazer por nosso intermédio. Como disse um colega meu, somos apenas canos, pelos quais passa a água vivificadora de Deus. O que importa é a água, e não o cano. Dê uma espiada no post desse colega, que trata de vaidade e orgulho (não estou dizendo que é seu caso), mas que também fala de nosso papel de intermediários: https://apenas1.wordpress.com/2017/09/05/a-vaidade-dos-canos-enferrujados/. A oração e a leitura bíblico no culto são em adoração a Deus, ele é o público principal.
E, quanto à questão que você descreveu com alguns homens, lembre-se de que nós não somos divididas em caixinhas – uma física, uma emocional, outra espiritual. Nós somos uma mescla de todas essas coisas, igual os fios de um tecido. O que você sente pode ser resultado de solidão, de desejo físico e de lutas que eu sei que você está enfrentando na vida espiritual também. A questão não é o que você sente, mas o que você faz com esse sentimento. Como devo ter comentando com você, a meu ver, o melhor é simplesmente reconhecer isso diante de Deus. Entregar para ele. Dizer: “Olha Deus, senti essa coisa estranha. Não sei o que fazer com isso. Por favor, me ajude a lidar com essa questão de uma forma que o agrade. Confio no Senhor”. Sem culpa, sem neuras. Apenas conte para Deus e aquiete-se na presença dele. Eu sei que é difícil, mas creio que esse é sempre o caminho para as coisas que não entendemos. Se for importante fazer alguma mudança nessa área, confie que Deus vai lhe mostrar, do jeito amoroso dele.
É isso, amiga!
Fique na paz e até a próxima!
Kisses,
Su