Hello, L.! Você traz vários cenários diferentes, e não temos como tratar de cada um de forma individual. Mesmo porque a gente precisa levar em conta idade e nível de maturidade dos filhos, a situação emocional/mental dos pais e mais uma porção de coisas.
Existem, porém, alguns princípios para nortear essas interações em família.
1 – Honrar os pais não significa fazer tudo o que eles querem, especialmente se são coisas que vão contra instruções de Deus. É preciso muita sabedoria, bom senso e jogo de cintura para lidar com essas situações. Por exemplo, alguém chega na sua casa e sua mãe manda dizer que ela não está. Em vez de mentir, você pode dizer: “Minha mãe não tem como atender no momento”.
Sei de alguém que frequentou centro espírita com a mãe, mesmo sabendo que aquilo não era o caminho certo. A pessoa ia só “de corpo presente”, para evitar conflitos. Assim que possível, contudo, essa pessoa deixou de ir ao centro, passou a ir à igreja e saiu de casa para morar sozinha (veja o item 3 abaixo).
2 – Em casos extremamente restritivos, é preciso trazer uma pessoa de fora para mediar a situação. Como você mesma falou, pode ser necessário chamar um terapeuta, professor, parente, alguém da igreja, enfim, alguém que ajude o filho a lidar com os excessos dos pais. Em casos de abuso emocional ou físico, também é preciso trazer as autoridades pertinentes para dentro da situação.
3 – Quando possível, filhos que vivem nessa realidade e não veem perspectiva de alteração devem começar um planejamento para buscar autonomia e sair de casa assim que alcançarem a maioridade. Essa liberdade tem um preço: ter de se sustentar, ter menos confortos, precisar cuidar de si mesmo, etc. Mas às vezes é a melhor saída para evitar conflitos incessantes. Lembra-se do que falamos sempre aqui sobre “distância respeitosa”?
4 – Não existe uma fórmula. A pessoa que está sofrendo tem de pedir ajuda de Deus para buscar auxílios e apoios externos, sabendo que Deus ouvirá e atenderá, o que não significa que tudo se resolverá de imediato. O importante é que filhos nessas circunstâncias difíceis caminhem em direção a um convívio melhor ou a um distanciamento, mesmo que leve tempo.
5 – Quanto a educação de filhos, confesso que não é minha praia, pois não tenho filhos – e você mesma já propôs algumas ideias 🙂 A meu ver, aplica-se o mesmo princípio acima. Pais que não estão conseguindo lidar com a desobediência dos filhos devem procurar ajuda externa de psicólogo, conselheiro, alguma pessoa mais experiente que possa orientá-los. Cada caso é um caso, e precisa ser tratado de forma individual, com muita oração, sabedoria e confiança no poder de Deus para mostrar recursos e auxílios.
Até a próxima!
Kisses,
Su
P.S.: Você já leu nossos posts sobre essas questões de relacionamento com os pais?
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