Pergunta:

Graça e paz, Su. Su. Então a minha dúvida, desabafo é sobre minha vó. Eu penso, se um dia minha mãe morrer, antes da minha vó. Eu não quero cuidar, dela, ter responsabilidade por ela. Eu poderia ajudar, auxiliar algumas coisas, mas não quero que ela seja exclusividade minha. Já tenho meus problemas, transtornos de ansiedade e a única coisa que eu assumiria, se precisasse, é cuidar do meu irmão e buscar tratamentos, terapia, recursos para ele melhorar. Mas também, quero ter minha vida, terminar a faculdade ter carreira, fazer amigos, me divertir, casar futuramente, se Deus permitir e filhos, talvez um dia. Minha vó é uma pessoa difícil e reclama de tudo. Seria bom, ela procurar ajuda de um médico, psicólogo, mas não sabemos como dizer e ela não aceita que demos conselhos, orientação. Minha mãe é a que mais cuida dela, faz compras no mercado, leva em consultas, cozinha para ela e outros filhos não ajudam e aparecem de vez em quando e olhe lá. Eles podem alegar que minha mãe pode ter mais condições financeiras para cuidar dela. O que é meio verdade, mas ela tem gastos conosco, remédio meus, e do meu irmão e minha mãe também tem problemas de saúde. Eles poderiam fazer revezamento para cuidar da vó. Ela mora na casa dela e nós moramos na data dela e ela ainda anda, faz algumas coisas, é lúcida por enquanto. Ela reclama que não tem força, condições de cozinhar, mas as vezes inventa de fazer limpeza pesada na casa dela, carpir mato. Minha tia disse que desde mais nova, minha vó nunca gostou de cozinhar. Se chegar aos extremos. Minha mãe pode entrar na justiça, para pedir ajuda dos outros filhos, para cada um contribuir de acordo com sua disponibilidade, tempo, recursos? Eles deixam tudo para minha mãe, por ela morar no fundo e acham que ela não precisa de ajuda. Kisses. L.

Resposta da Sú:

Hello, L.! Puxa, imagino como é difícil esse convívio em sua casa. Que Deus continue a dar muita sabedoria, paciência, discernimento, sensibilidade e direção para você e sua mãe! Quanto aos cuidados práticos, sugiro que você dê uma busca on-line em “estatuto do idoso”. Você vai ver que, por lei, todos os filhos têm obrigação de ajudar a cuidar dos pais idosos. Não é algo para recorrer em casos extremos, é algo que já precisava estar acontecendo. Se necessário, um juiz de uma Vara de Família pode estipular, de acordo com as condições de vida de cada um, qual deve ser a participação financeira, de tempo, etc., de cada filho. O ideal é não precisar envolver advogado, juiz, etc., nessas questões, mas se o diálogo em família não der certo, a lei prevê que seja definida a ajuda que cada filho deve dar. Se quiser, você pode se informar melhor também com assistentes sociais de seu município, que têm as orientações completas a esse respeito.

E, como sempre, é continuar orando para que Deus ajude vocês a lidar com essa dinâmica de família tão complicada e traga paz ao seu coração no meio desses desafios. Ele ajudou você até aqui e, com certeza, não vai abandoná-la ao longo do caminho!

Paz de Cristo para você, e até a próxima!

Kisses,

Su