Pergunta:

Resposta da Sú:

Graça e paz, L.! Essas duas prescrições da lei mosaica que você menciona tinham a função mais ampla de manter o povo de Deus separado das nações ao redor (mas não isolados) quanto a religião, costumes e condutas. Também tinham, porém, a função de apontar para Deus.

Por exemplo, roupas com tecidos diferentes eram usadas pelos sacerdotes para ministrar diante de Deus no tabernáculo. Roupas desse tipo eram associadas, portanto, a algo especial, sagrado, dedicado a Deus. Por isso não deviam fazer parte do cotidiano das pessoas. A ideia era evitar que algo sagrado fosse banalizado.

No antigo Oriente Próximo, considerava-se que cabelos e pelos continham a essência da vida de uma pessoa, da mesma forma que o sangue. Por isso, em alguns ritos pagãos as pessoas raspavam partes do cabelo ou cortavam partes da barba e ofereciam como sacrifícios aos deuses (assim como ofereciam sangue de animais e, por vezes, até de pessoas). Deus não queria que os israelitas seguissem esses rituais. Ele já havia definido como deviam ser os sacrifícios de Israel.

Embora não tenhamos como saber ao certo todos os detalhes e todos os motivos da lei mosaica, ela traz princípios importantes. (1) Mostra o quanto Deus é santo e merece nossa adoração. (2) Ao mesmo tempo, mostra que existe uma distância entre ele e nós que precisa ser transposta. (3) Com isso, aponta para Jesus, aquele que fechou essa brecha para que, agora, possamos ir diretamente a Deus, sem rituais, sem roupas especiais, sem sacrifícios. Em Cristo, temos acesso pessoal a ele. Devemos usar esse acesso com reverência, mas também com plena confiança de que seremos sempre plenamente acolhidos.

De algum modo, todas as prescrições mosaicas apontam para essa realidade.

Para mais sobre esse assunto, veja uma conversa que nós duas tivemos sobre isso um tempão atrás:

Kisses,

Su

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