Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, L.! Primeiro, leia (ou releia) nossas dicas básicas para compartilhar sua fé e suas crenças de modo respeitoso e objetivo: https://www.faithgirlz.com.br/cinco-dicas-para-compartilhar-sua-fe/

Segundo, lembre-se de que “defender as crenças” vai depender do seu nível de relacionamento com as pessoas. Como a gente sempre conversa, não creio que esse seja o tipo de assunto para debater em comentários de vídeos, redes sociais, etc. ou mesmo em um bate-papo em grupo, com colegas de faculdade, por exemplo. Essas são questões para a gente conversar pessoalmente, dentro de um contexto de relacionamento próximo – e apenas se for relevante para a conversa e a pessoa se mostrar aberta para ouvir.

Se desejar se aprofundar mais na questão de compartilhar crenças cristãs com outros de modo arrazoado, veja o site que eu recomendo aqui de vez em quando: https://pt.reasonablefaith.org/

Tratar de questões de sexualidade não é um bom ponto de partida para falar de Cristo a outros. Uma pessoa não é apenas as escolhas sexuais que ela faz, por mais importantes que sejam para ela. Primeiro, a gente fala de relacionamento com Deus de modo geral. Uma vez que a pessoa se encontra em um relacionamento comprometido com Deus, é trabalho do Espírito Santo ir mostrando o que precisa mudar. Se você tem amigos dentro de um relacionamento poliamoroso e se eles sabem que você é cristã, então provavelmente eles também já sabem que você não concorda com esse estilo de vida. Será que é realmente necessário você ficar defendo a perspectiva cristã para eles? Não seria melhor relacionar-se com eles de forma amável, deixando a luz de Cristo brilhar? Lembra-se do que conversamos sobre adoção de crianças por casais de mesmo sexo? A linha de pensamento é a mesma.

E, um raciocínio semelhante se aplica a participar da cerimônia de casamento. Se o casal convidou você para ir à cerimônia/festa, significa que você é amiga deles, certo? E, se você é amiga, eles provavelmente já têm uma ideia de seus valores e de suas crenças. Não precisa “boicotar” o casamento só pra se posicionar. Você vai por amor às pessoas, mesmo que não concorde com as escolhas delas. Se, por exemplo, uma boa amiga sua resolvesse se casar com alguém de outra religião (ou simplesmente alguém que você não acha legal por algum motivo), você recusaria ir ao casamento? Recusaria ser madrinha? De que maneira esse “boicote” expressaria o amor de Deus por essa amiga?

Quando nos relacionamos com as pessoas de forma amável e respeitosa (mesmo sem abrir mão de nossas crenças), ganhamos o direito de expressar mais claramente nossas crenças e valores – em momentos apropriados, se Deus assim mostrar.

E, se essas pessoas não são suas amigas, o que você iria fazer no casamento delas? E por que elas convidariam você?

Como a gente sempre conversa, em questões tão complexas e delicadas, não adianta só falar de situações hipotéticas, pois esses assuntos precisam ser tratados a partir de relacionamentos reais, com todas as suas variáveis. Se você tem amigos em relacionamento poliamoroso e se você recebeu um convite de casamento desse tipo, fique à vontade para voltar e contar mais sobre sua amizade com essas pessoas, para que a gente possa falar de modo mais específico, ok?

Por fim, lembre-se de que a gente não controla o que os outros pensam de nós. Você pode ser respeitosa, amável e, ainda assim, ser acusada de homofobia. Paciência. Precisamos de muito amor e muita sabedoria de Deus para interagir com pessoas que pensem de forma diferente em qualquer área da vida. Se buscarmos direção do Espírito e nos esforçarmos para ter a atitude de Cristo, temos a consciência tranquila, mesmo que outros digam que somos preconceituosos. Por vezes, é inevitável receber rótulos. O importante é saber que fizemos nossa parte e nos manter abertos para acolher e dialogar.

Paz de Cristo para você, e até a próxima!

Kisses,

Su

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