Graças e paz, L.! A instrução é sempre a mesma, amiga, quer seja para dizer que você não quer morar com alguém, ou não pode receber visita, não pode conversar naquele momento, ou não quer emprestar algo: Em tom gentil e amigável, diga a verdade. “Sinto muito, mas não vou lhe emprestar XXX”. Se quiser, acrescente um motivo, mas lembre-se de que você nem sempre é obrigada a dar explicações.

Antes disso, porém, pergunte para Deus o que ele quer que você faça. Como você mesma observou, é uma questão de bom senso, e precisamos de ajuda de Deus para usar o bom senso que ele já nos deu. Há ocasiões em que é apropriado emprestar algo. E há ocasiões em que não é. Deus colocou seu Espírito dentro de nós para nos orientar e nos dar discernimento em todas as coisas.

E, quanto à questão dos presentes, discordo totalmente de sua professora. Quando eu dou um presente para alguém, aquele objeto passa a pertencer à outra pessoa. Ela pode dispor dele como bem entender e como for melhor para ela. Afinal, o objetivo de um presente deve ser fazer a outra pessoa feliz, e não agradar a nós mesmos e nossos sentimentos.

Se eu fosse guardar cada coisa que ganhei de alguém ao longo dos anos, não teria espaço em casa! E o que dizer das coisas que ganhamos e não usamos? Às vezes, recebemos um presente que não serve para nós, ou que não nos interessa, mas que será super útil ou trará alegria para outra pessoa. A meu ver, não faz sentido nos apegarmos a coisas só porque as recebemos de alguém. Devemos, sim, valorizar a pessoa que nos presenteou e também valorizar o gesto dela. Mas, de novo, precisamos ter bom senso. Nossos amigos sabem que meu marido e eu somos minimalistas. Um de nossos objetivos de vida é ter cada vez menos coisas. Por isso, quando dão um presente, também sabem que talvez o passemos adiante, para alguém que poderá usá-lo melhor. Com o tempo, temos aprendido juntos a dar presentes que não gerem acúmulo (por exemplo, um chocolate em vez de uma peça de roupa) ou, em vez de dar coisas, apenas dedicar tempo e atenção uns aos outros, o que é muito mais valioso! Precisamos reduzir uma cultura de presentes que gera consumo excessivo, incentiva materialismo e tem implicações para o meio-ambiente. Portanto, não existe nada de injusto em passar algo adiante, ou entregar como oferta. Pelo contrário. O que vai honrar mais a pessoa que lhe deu o presente: colocá-lo num canto do armário onde ficará eternamente sem uso ou entregá-lo a outro que fará bom proveito?

Que, como sempre, Deus nos dê a sabedoria de que necessitamos caso a caso!

Até a próxima!

Kisses,

Su