Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, D.! Feliz ano novo! Que Deus continue a fortalecer e aprofundar você no amor e na graça dele em 2021!

Alguns esclarecimentos importantes sobre nossa conversa anterior:

1. Todos os seres humanos, quer eles andem com Deus ou não, são igualmente amados por ele. Ser amados é a identidade de todos que foram criados à imagem e semelhança de Deus. A diferença é que, quando estamos longe de Deus, não temos condições de viver de acordo com nossa verdadeira identidade. A busca frenética que a gente vê no mundo por autoconhecimento, realização e satisfação mostra como todos nós desejamos descobrir nossa identidade real. Um não cristão continua a ser uma pessoa de valor incalculável, cheia de dignidade, com talentos, aptidões, sonhos, desejos – e precisa ser tratada como tal! Mas, uma vez que essa pessoa não está conscientemente arraigada em Deus, esses presentes maravilhosos nunca são plenos. A identidade é uma só para todos os seres humanos: Amados de Deus. A questão é se vivemos ou não de acordo com ela, experimentando todos os benefícios dela.

2. Aquilo que fazemos/pensamos/gostamos é muuuuito importante! Esses são os complementos da nossa identidade, que reforçam nosso caráter singular. Não somos apenas um monte de “clones amados”, todos iguais, kkk. Por mais importantes que essas coisas sejam, porém, elas ficam um grau abaixo de nosso cerne. Elas não definem sua essência, mas contribuem para definir sua personalidade, aquilo que torna você diferente de todos os outros seres humanos. E isso também é presente de Deus! Ele nos criou com aptidões, pensamentos e preferências singulares!

Agora, pense comigo: se uma pessoa sofre um dano cerebral, ou alguma forma de demência, por exemplo, e deixa de fazer/pensar/gostar das coisas de antes, isso significa que ela perdeu sua identidade central? Que deixou de ser ela mesma? Não. Significa que ela perdeu elementos importantes, mas não perdeu o âmago de sua identidade. Ela ainda é singularmente amada por Deus e ele ainda tem uma história para contar por meio da vida dela.

3. Uma forma de saber se estamos colocando essas coisas importantes, porém secundárias, no lugar certo é avaliar nossas atitudes e reações. Quando nos sentimos muito angustiadas porque alguém nos criticou, quando ficamos extremamente chateadas porque outros não entendem ou não aceitam nossas opiniões, quando nos sentimos inúteis ou inferiores porque não conseguimos realizar algo, é sinal de que estamos colocando isso tudo acima de nossa identidade em Cristo. Aí é hora de parar, respirar fundo e dizer para Deus: “Senhor, minhas ideias, minhas convicções, minhas realizações são preciosas para mim. E eu sei que são preciosas para o Senhor também. Mas acho que estou dando importância demais para isso neste momento. Por favor, ajude-me a manter o foco em sua aceitação incondicional e no valor que eu tenho simplesmente porque o Senhor me criou, me ama e tem uma história para contar por meio de minha vida. Quero me apegar a essas verdades”.

Quando oramos dessa forma, não significa que nossas preocupações, chateações e ansiedades desaparecem de imediato, mas significa que damos espaço para Deus reajustar nosso foco. É um exercício constante, que vamos ter de fazer para a vida toda J

Mas, com o tempo, creio que Deus vai desenvolvendo em nós uma sensibilidade maior para entender se estamos firmadas no cerne ou nos “acessórios” (por mais importantes que sejam) e quando devemos cultivar uma ideia, opinião, plano, etc., ou abrir mão, pois é secundário.

Espero ter esclarecido esses pontos e, se ainda tiver dúvidas ou quiser continuar a conversa, fique à vontade!

Até a próxima!

Kisses,

Su

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