Querida R., fico feliz de saber que você acompanha o blog. Você é muito bem-vinda aqui! E, sem dúvida, muitas vezes o simples fato de termos alguém com quem conversar sobre nossos dilemas já faz uma grande diferença (falo por experiência própria). Deus nos criou para ajudarmos e sustentarmos uns aos outros.
Para começar nossa conversa, é importante você entender que não existe necessariamente nada de errado ou estranho de você não ter formado nenhum relacionamento romântico. Muitas vezes, as pessoas impõem expectativas e padrões e a gente imagina que isso é “lei” para nós. Na verdade, em última análise, fazemos bem em buscar a direção somente de Deus e procurar descobrir a história que ele escreveu para nós – pois essa é a melhor história possível, mesmo que seja diferente do “enredo” habitual do mundo ao redor.
Quanto ao que você compartilhou sobre o vício da masturbação, também é importante você saber que essa é uma questão com a qual muitas pessoas lutam, mas poucas têm coragem de compartilhar. E, quando mais guardamos algo para nós, maior esse “monstro” fica em nossa imaginação. Deus tem muitos recursos para nos ajudar nessas questões e você deu o primeiro e valente passo de reconhecer que deseja viver de forma diferente. Deus seja louvado por isso.
Para ajudá-la a pensar sobre essa questão, eu tenho duas leituras. A primeira é um texto geral sobre pecados recorrentes e os sentimentos negativos e a falsa culpa que eles geram.
O link depois do texto é uma conversa que tive com outra pessoa sobre essa mesma questão. Quem sabe pode ser útil para você.
Leia os dois com calma, na companhia do bondoso Espírito Santo. E, depois, se quiser, volte para conversarmos mais. Eu sei (também por experiência própria) que essas questões não se resolvem por mágica. Mas, anime-se, minha amiga, pois Deus está com você, e ele vai mostrar o caminho. E, você não está sozinha J
Aguardo sua próxima mensagem!
Kisses,
Su
Pecar repetidamente X viver em pecado
Você aceitou Jesus como seu Salvador e Senhor de sua vida. Ainda assim, volta e meia comete aquele mesmo pecado. Já pediu perdão um milhão de vezes. Já prometeu que não faria mais. Já pediu ajuda de Deus para não pecar. Mas continua acontecendo.
Imagina que Deus se cansou de perdoar você e desistiu de você. Parou de falar com ele, pois se sente triste e suja. Afastou-se da comunhão com outros cristãos. Ou deixou de tomar a Ceia do Senhor. Concluiu que está “vivendo em pecado” e é um caso perdido.
Se você está nessa situação é fundamental entender que pecar repetidamente e viver em pecado são duas coisas bem diferentes.
Viver em pecado é uma atitude interior de total rebelião contra Deus. É viver como se ele não existisse. Não reconhecer a salvação e o senhorio de Jesus. Recusar-se teimosamente a obedecer. Agir sem que a consciência acuse, sem sentir o peso do erro, sem entristecer-se com a própria fraqueza.
Em resumo, viver permanentemente em pecado é algo que não acontece com uma pessoa que é salva e que tem o Espírito Santo dentro de si.
A Bíblia diz: “Sabemos que os nascidos de Deus não vivem no pecado, pois o Filho de Deus os protege e o maligno não os toca” (1João 5.18). Se Cristo é nosso Salvador, não vivemos em pecado porque ele não permite. Ele nos protege, nos ajuda, nos conduz pelo caminho certo – mesmo que, às vezes, a gente perca o rumo e passe um tempo longe dele. Deus sempre nos traz de volta para junto dele, pois ele é muito maior e mais poderoso que qualquer coisa pecado nosso.
Todo cristão, porém, luta com alguns pecados recorrentes. São áreas de nossa vida em que parece mais difícil obedecer e confiar em Deus. Se você está caindo sempre no mesmo ponto, considere as seguintes questões:
1. Talvez você esteja tentando resistir à tentação com suas próprias forças, em vez de correr para Deus e pedir socorro dele cada vez que tem vontade de fazer as coisas do seu jeito.
2. Talvez você imagine que a santificação acontece de uma vez só quando, na verdade, ela é um processo. Nossa parte não é “santificarmos a nós mesmos” – tipo, fazer tudo certinho para, então, nos aproximarmos de Deus. Nossa parte é buscar a Deus sem parar, aconteça o que for.
3. Talvez você tenha se esquecido de que, sempre que confessamos um pecado e pedimos perdão, Deus perdoa e começamos da estaca zero (Salmos 103.12; 1João 1.9). É como se nunca tivéssemos cometido aquele pecado antes!
3. Talvez você precise da ajuda de outros cristãos para lidar com essa questão. Deus nos criou para crescermos juntos na fé. Precisamos de pelo menos uma pessoa que nos ouça sem julgar, que ore conosco e que nos acompanhe na luta contra o pecado. Peça a Deus que coloque em sua vida uma pessoa bondosa, que não vá julgar, mas que apoie você em oração.
4. Talvez você precise tomar medidas práticas e ser criativa para fugir do pecado. Não adianta se colocar em situações que trarão tentações e imaginar que algo diferente acontecerá. A Bíblia nos instrui a “resistir” e a “fugir” daquilo que afeta nossa obediência e nossa confiança (1Coríntios 10.14; Tiago 4.7).
5. Talvez o pecado em questão seja apenas um sintoma de algo. É importante tratar das causas. Masturbação, por exemplo, pode ter uma ligação com solidão, com vontade de formar vínculos afetivos (e não apenas físicos), com tédio, e uma porção de outras coisas. Nessas horas, trabalhar a questão com um(a) psicólog(a) cristã(a) pode ser de imensa ajuda!
6. E, por fim, talvez você precise ter paciência consigo mesma e compaixão de si mesma enquanto Deus trabalha em sua vida. Se cair, peça perdão e saiba que Deus a levantará – um milhão de vezes, se precisar (Salmos 37.23-24).
Estude as verdades da Bíblia e não deixe o Inimigo afastá-la do Senhor com mentiras e com falsa culpa. Apegue-se firmemente a nosso Deus de amor. Ele é perdoador, bondoso, misericordioso.
Sempre que estiver lutando com tentações, leia/releia Hebreus 4.14-16.
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