Pergunte a Su

Olá, meninas! Para quem ainda não me conhece eu sou a Su ! Vamos trocar ideias sobre namoro, amizade, família, sexualidade, igreja e muito mais! Envie suas perguntas através do formulário ao lado. Sobre o que quer conversar?
Kisses, Su :)

Oi, tudo bom? Feliz Páscoa pra você e pra todos. Ontem vi o filme Paixão de Cristo, já viu? É lindo. Eu estou um pouco em dúvida quanto a uma coisa. Minha mãe costuma falar muita coisa dos outros. Não quero acusá-la de falar mal dos outros, entende? É que ela se preocupa com eles, principalmente com os jovens que vem ao culto aqui em casa, já que ela estabeleceu uma relação forte com eles. A questão é que ela costuma me perguntar o que eu acho porque as pessoas meio que me consideram madura nessas coisas e ontem mesmo estava perguntando se eu não achava que a igreja devia alertar as meninas jovens sobre sexualidade. Eu tentei não me envolver muito. Claro que é um assunto que deve ser tratado, mas eu disse que, mesmo que parecesse, havia a possibilidade de isso nem passar pela cabeça das duas meninas de quem ela falava. Então ela disse que era claro que passava porque elas estavam namorando. Eu não queria saber disso. Não quero tratar elas de um jeito diferente nem pensar mal delas. Eu tento nem pensar nisso, mas estou surpresa com essa informação. Não sei o que fazer em relação a ela. Era melhor que eu nem soubesse disso, mas agora eu sei. Primeiramente, o que eu faço com essa informação? E o que a igreja deve fazer? Como ela deve reagir? Sei que não devo me meter, mas é meio preocupante. M.

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Susana Klassen 2 de abril de 2018

Querida Su, desejo a você e a sua família uma ótima Páscoa e aproveito para fazer uma pergunta: Deus ouve as orações daqueles que não são salvos/ não são seus filhos? As vezes falo para pessoas que não aceitaram Cristo verdadeiramente para que estejam orando e digo que eu também estarei em oração. O pedido delas é válido ou meu pedidos para que elas também orem são em vão? Desde já agradeço e te digo que me senti mais calma com a resposta anterior, com a anterior a está, porque minhas conversas com todas as pessoas estão melhores, graças a Deus! D.

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Susana Klassen 2 de abril de 2018

Su do céu.. (que frase estranha.. Acho que não vou usar mais não.) acredita que escrevi pra você pelo e-mail errado? O pior é que era uma pergunta enorme e eu não tenho escrita. Bom.. Acho que tenho uma nova identidade. Enfim.. Obrigada pela última resposta. Eu ainda estou meio que tendo que comer mais do que quero, mas as vezes as mães tem suas razões, né. Eu resolvi finalmente falar sobre um assunto. Na pergunta que te mandei pelo outro e-mail eu falei sobre bastante coisa que não tinha falado antes, mas vou agora falar sobre um probleminha mais bobo. Eu meio que gostava de um amigo meu e ele não era cristão. Gosto dele a bastante tempo, se não me engano desde antes do meu batismo, então eu meio que já tentei me aproximar dele. Depois que me achei disposta a me aprofundar mais em Cristo eu comecei a tentar superar esse sentimento, mesmo que eu descaradamente ainda tentasse muito ter a atenção dele. Ele ficou doente e faltou muitas aulas e isso me ajudou bastante a esquecer um pouco dele. O sentimento diminuiu um pouco, eu conseguia ignorar porque pra falar a verdade nunca foi um amor verdadeiro, era mais uma queda boba. Mas foi aí que, em uma conversa com uma amiga sobre estar tentando esquecer o sentimento que tinha tido nele, ela disse que achava que ele gostava de mim. Já sabe, né. Seria relativamente fácil esquecer dele se eu não tivesse a menor chance, mas agora eu tinha uma pequena chance. Eu falei com s minha amiga que ela não devia alimentar minhas esperanças porque não era algo vindo de Deus, então ela disse pra mim chamar ele pra célula jovem, um culto que tem aqui em casa. Não queria admitir mas a chance dele querer algo assim é pouca, além do famoso caso do garoto que finge aceitar Jesus pra ficar com a garota. Também tem o problema dele ser imaturo. Não infantil, sabe, mas que não leva muito a sério. Além de tudo isso, nem sei se ele realmente gosta de mim. Minha amiga acha isso porque ele fica perguntando de mim pra ela, mas vai que é só um amigo preocupado.. Eu pensei em continuar cultivando a amizade e tentar trazer ele pra Deus enquanto não tenho idade pra pensar em relacionamento, mas eu sei que isso pode fazer meu sentimento por ele voltar e me tentar a aceitar um compromisso imaturo e sem fundamento com ele. E eu não quero perder de jeito nenhum a comunhão que eu ainda estou tentando conquistar com Deus. M.

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Susana Klassen 30 de março de 2018

Su! Tudo bom? Virou hábito escrever aqui.. Entender certas perguntas que eu fiz e sei que vou fazer pode ser difícil sem saber da fase que quero te contar.. Lá vai um textão. Antes de contar, quero falar daquilo da minha mãe e aquele negócio de virar obesa.. Eu era um pouco gordinha e não gostava muito disso. Não quero parecer exagerada, meu peso era saudável, por isso o ‘inha’. Eu não tinha risco de saúde, entende? É que as garotas da minha idade eram magrinhas, braços fininhos, e eu lá usando roupas da minha irmã mais velha e tendo corpo demais pra doze anos. Isso pra mim não era coisa boa e eu queria mesmo era ser magrela, sabe?, mas a minha mãe nunca deixaria eu emagrecer. Depois das famosas quatro fases antes da aceitação, eu me aceitei mais tranquilamente. Então veio a fase que vou contar agora, os jejuns e o emagrecimento. Eu emagreci, mas além de ter perdido muitas roupas (muitas!), tive receio de não estar saudável. Minha mãe quer que eu engorde de novo. Na minha época de gorda.. digo, gordinha, eu gostava de comer e era boa de boca, mas agora acho errado comer sem ter fome. O ruim é que eu quase nunca tenho fome. Parece que minha alma tá cheia de cicatrizes. É que eu passei por uma fase horrível. Você pegou uma parte dessa fase, a primeira vez que escrevi pra você, quando minha angústia ainda era só depois da escola. Mas logo aumentou. No início eu sentia dor por causa do pecado, por causa dos meus constantes fracassos, porque eu já tinha caído tantas vezes que me perguntava se eu sequer tinha me levantado da primeira queda. Eu pecava muitas vezes, e a todo momento me via em uma luta contra o pecado. Mas em algum momento daquela fase eu me perdi na dor do arrependimento, na angústia de ter feito algo ruim com Deus, e a dor se criava sozinha, tendo eu pecado ou não. Eu me sentia tão afundada em uma profunda angústia. Eu não sentia mais toda a alegria do perdão e da salvação. E ela fazia TANTA falta. E as vezes a dor era grande. Sei que Deus não deixaria que eu sofresse além do que podia aguentar, mas muitas vezes sentia que ia quebrar. Eu NUNCA iria retroceder, mas a dor era tão grande. As pessoas ao meu redor sempre me disseram coisas boas. “Ei, você é uma benção”. Isso me desmotivava mais do que motivava porque eu não era nada do que eles diziam que eu era. Eu cria que tinha o Espírito Santo, mas isso não mudava o quão quebrada eu estava. Eu não entendo o sentimento agora porque não tenho sentido tanto, mas tinha algo em mim que me fazia querer chorar. Eu não tenho palavras sobre o sentimento que me consumia. Eu não sei como descrever o que o meu coração estava passando. Eu não conseguia nem pensar com clareza sobre Deus.. Naquela época eu pensava em tudo o que eu passei com Jesus, eu pensava no dia em que me entreguei pra Ele, em todas as vezes que chorei e me sentia paralisada, como se estivesse na areia movediça, afundando mais a cada vez que tentava sair e me desesperando cada vez mais. Eu sentia que já tinha acabado pra mim. Era muita dor. Parecia conflitante, carne e espírito lutando dentro de mim e cada um se fortalecendo em um momento. Mas eu não queria me render. Parece que no auge da minha angústia eu percebi que eu precisava MUITO de Jesus. E eu só queria entender isso e saber disso sempre, só queria ter estampado na testa que nenhuma luxúria carnal se compara a Esperança Viva. Ainda naquela fase, eu conversei com uma líder espiritual da igreja e ela orou por mim, me consolando até onde podia, mas a minha angústia se criava sozinha, entende? As palavras me ajudavam um pouco, mas meu sentimento ruim não se baseava nelas.. Falei com uma menina pouco mais velha que eu da igreja e descobri que ela tinha passado por essa fase e a motivação dela era passar por tudo isso pra ajudar alguém que estivesse passando. Eu achei isso tão lindo que queria o mesmo.. Eu não quero nenhuma garota tão nova, ou mesmo qualquer pessoa de qualquer idade, passando pelo que eu passei. Quero consolar e ajudar as pessoas nessa situação a se reerguerem. Não pensando que palavras vão curá-las de um dia pro outro, porque isso nunca acontecia comigo, mas sabendo que será um processo, que passaremos por isso juntas. E parece que o seu objetivo aqui é esse: Ajudar as pessoas com problemas incapazes de serem resolvidos por quem passa por eles. Isso, quem sabe, porque um dia você foi uma garota que precisou de ajuda. Um dia, talvez, você tenha sido S., uma garota que tinha uma pergunta pra fazer, um conflito pra resolver. Mesmo estando aqui a pouco tempo, parece que estou tão familiarizada com sua causa. Antes de me aprofundar no meu conflito, quero te agradecer por ter ajudado centenas (quem sabe milhares?) de garotas de A a Z com seus problemas. É admirável uma causa assim. Nessa fase eu me tornei quase religiosa. Eu observava o pecado paranoicamente. Parei de gostar tanto de comer porque talvez cometesse gula e passei a ter um pouco de raiva da comida. Fazia jejuns além da conta (isso a pouco tempo), desde os parciais (de refrigerante, de chocolate..) aos totais. E fui emagrecendo. Foi um processo gradativo me recuperar e parece que nem vi acontecer. Era uma mistura de pregações de chorar, músicas e admiração por pessoas que amavam tão fervorosamente ao Senhor. Aos poucos foi acabando porque eu ia ocupando a mente com outras coisas e ainda está sumindo. Agora.. Eu tô legal. Não sei. Esses dias comecei a ler a primeira epístola de João como uma carta pra mim porque me identifiquei bastante. Peço ajuda a Deus pra me santificar mas me sinto bem pra baixo aqui e ali.. Mas eu quero um relacionamento muito mais forte com Deus, interno e não externo. Eu quero o Espírito Santo de verdade, quero ser fervorosa e apaixonada por Deus de verdade e não só aparentemente, porque durante aquela fase ruim eu APARENTEMENTE estava bem. Eu finalmente quero estar comprometida e envolvida ao máximo nesse amor. Quero ter uma fé irrevogável e ser incapaz de voltar atrás. Mas as vezes o comodismo ataca e a determinação é só uma miragem. As vezes aparecem sequelas daquele momento de dor. As vezes vem um tal de “talvez Ele já tenha me rejeitado” que eu não desejo pra ninguém. M.

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Susana Klassen 30 de março de 2018

Boa noite, gostaria de saber se dá para sentir um cisto no útero se masturbando. Há uma semana me masturbei (usei apenas meus dedos) e senti um “caroço” na ponta de um dos dedos. Fique com medo de estar grávida, fiz um exame e deu negativo. Essa semana fiquei curiosa para saber se o “caroço” ainda estava lá, e senti ele novamente, só que parecia maior. Será que posso estar com um cisto no útero? Tenho sentido dores ao ter relação. A.

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Susana Klassen 30 de março de 2018

Olá gostaria de tirar uma dúvida porfavor, é que eu fiz um exame ecografia transvaginal e deu ovários policístico n tive como levar a ginecologista pq aqui é tudo burocrático ao eu moro pro clínico e a única coisa que ele me passou pra tratar foi o anticoncepcional Ciclo 21 e eu estou tomando a 3 meses e mês passado minha menstruação veio e durou apenas 3 dias e veio em cor amarronzada e achei muito estranho pelo tempo pq o normal era durar 7 dias n fui a ginecologista oq é difícil conseguir Consulta e o cliente ainda não está atendendo complicado depender da saúde pública porfavor se poder responder oque pode ser é se é grave porfavor ou indicar um medicamento.. a lembrando esse mês vou para de tomar o anticoncepcional pq vi meninas tendo tumores e câncer e fiquei com medo .obg. M.

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Susana Klassen 30 de março de 2018

Acho que estou gostando do filho do meu pastor, não sei o que ele sente por mim, se é algo além de amizade ou não, ele parece ser tudo o que eu sempre quis, mas não sei se eu sou o que ele sempre quis, sempre achei que ele fosse namorar alguém que estuda com ele ou uma filha de um pastor, que é mais fácil entender os sentimentos dele e teriam mais convivência, além disso, ele nasceu na igreja e apesar de eu ter avançado muito na minha fé, faz só um pouco mais de um ano que eu me converti. C.

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Susana Klassen 30 de março de 2018

Oi Su!Sou eu de novo tenho uma dúvida queria muito acabar com essa timidez que eu tenho que é fora do normal tenho vergonha de tudo simplismente na paquera morro de vergonha de olhar frente a frente perto de um menino quero muito acabar com isso pois essa timidez me atrapalho muito na vida e me arrependo das coisas que podia ter feito e não fiz bom queria me encontrar muito com um menino que conheci no face mais a timidez não deixa me ajuda por favor!!!! K.

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Susana Klassen 30 de março de 2018

Querida Su, obrigada pela sua resposta, achei esclarecedora! Sei que estou vindo com umas questões de relacionamento ultimamente, mas agora essa é a fase da minha vida kkkk. Eu ouvi sua entrevista no podcast, achei muito interessante! Que Deus abençoe o seu projeto de Bíblia, espero ter a oportunidade de ler uma bíblia com comentários seus, e eu gostaria de fazer uma sugestão: nela, temos algumas histórias de estupro ? você acha que seria bom acrescentar comentários a respeito disso? ( Tipo: o que fazer, como contar para alguém, como seguir em frente)? Agora farei minha pergunta (talvez saia mais de uma kk). O que eu posso fazer para dar bons conselhos para quem precisa? Muitas vezes falo sobre Deus, mas quero comentar sobre os recursos que Ele disponibiliza para nós (conversar com um adulto, um psicólogo, fazer algo de outro jeito), as vezes sinto que só falei Dele, quando não era sobre Ele que a pessoa precisava escutar exatamente. Além disso, costumo escrever melhor do que falar, mas não dá para fazer isso em todos os casos, como posso dar uma resposta clara? Algumas coisas parecem ter tantas vertentes, que só consigo expor um lado do que eu penso, de maneira que sinto não ter explicado tudo direitinho, e me pergunto se a pessoa entendeu o que eu quis dizer. Nem sempre compreendo meu amigo, e gostaria muito de fazer tal coisa de um jeito melhor. Como faço? As vezes ele diz algo que não entendo, queria não estar sempre perguntando, receio que ele sinta-se incompreendido com a maioria das pessoas, e gostaria muito de ser diferente, para que ele ficasse à vontade. Ele é alguém que entende as pessoas e as aceita do jeito que são, é claro, as vezes ele também faz perguntas. Bom, gostaria de ser mais intuitiva e empática, embora eu me coloque no lugar das pessoas, nem sempre sinto que ofereci ajuda suficiente, mas sei que não posso resolver todos os problemas do mundo ou compreender a todos. E sobre aquela menina, não estou mais com raiva dela, acho que está tudo bem. Beijos para você, que Deus abençoe você, seu blog, suas traduções e a Bíblia que você está empenhada em fazer, além de todas as pessoas envolvidas nisso. P.s.: eu não quero ser/parecer obcecada pelo meu amigo, é só que ele é alguém importante para mim, e quero tratá-la como tal, quero ser uma ótima amiga (sei que não dá pra ser perfeita, e que bom!) D.

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Susana Klassen 28 de março de 2018
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