Hello, D.! Tudo tranquilo por aqui. E feliz de saber que você está melhor. Graças a Deus por isso! Que ele continue a ajudá-la a se organizar conforme os bons propósitos dele para sua vida 🙂
Gostei de seus questionamentos sobre sexualidade. São muito importantes e, de fato, têm muitos parênteses, rs.
Para começar, sugiro que você dê uma espiada em dois textos do meu blog que tem a ver com suas perguntas (caso você ainda não tenha visto). O primeiro é sobre a natureza/essência da sexualidade cristã: http://depapocomasu.blog.br/sexo/2018/08/por-que-deus-inventou-o-sexo/
O segundo é sobre esses “pensamentos intrometidos” que você menciona (que podem ser de ordem sexual): http://depapocomasu.blog.br/mix/2018/02/pensamentos-intrometidos/
De fato, o desejo sexual em si não é pecado. Ele faz parte dos impulsos naturais que Deus colocou em nós. Ter vontade de experimentar sexo é natural e bom.
As coisas se complicam quando fantasiamos maneiras de atender a esse desejo (mesmo que não cheguemos a realizá-los). Uma das interpretações mais prováveis da expressão “intenção impura” de Mateus 5.28 (na Bíblia Revista e Atualizada) é “desejando-a para si”. Em outras palavras, o problema não é olhar para alguém e sentir uma atração passageira. O problema é olhar e cobiçar (Bíblia Revista e Corrigida) ou olhar com a intenção mental clara de ter uma relação sexual ilícita (qualquer forma de sexo fora do casamento conforme os padrões de Deus). Um exemplo: Você começa a assistir a uma série que tem um ator absolutamente liiiindo. No primeiro episódio, sua reação inicial é de atração geral por ele. No segundo episódio, você começa a imaginar como seria conversar com ele pessoalmente, sentir o toque dele em sua pele, etc. No terceiro episódio você acrescenta alguns detalhes a essa fantasia, mesmo sabendo que ela é impossível. E, antes de assistir ao quarto episódio, você se pega fantasiando um conto erótico no meio da aula de química, rsrs. Não importa se alguém nessa história é casado ou não. Se é alguém que você conhece pessoalmente ou não. A questão é o espaço que esse pensamento adquire em sua mente, os “planos” que você faz ao redor dele e a cobiça que você alimenta dentro de si. O texto sobre “pensamentos intrometidos” fala da diferença entre um pensamento passageiro e um pensamento de estimação. A “intenção impura” é o pensamento de estimação. Aliás, é uma atitude mental de alguém que anda por aí continuamente à procura de alguém/algo para cobiçar.
Portanto, não entre em pânico se você olhar para um garoto e se sentir atraída (fisicamente inclusive). Isso é bom e saudável enquanto você não cobiçar essa pessoa, como se ela fosse algo para você possuir. Ter o desejo de conhecer melhor alguém de seu círculo de convívio, apreciar a pessoa como um todo (personalidade, caráter, aparência) e querer se aproximar dela não é “intenção impura”. É o processo natural que Deus usa como passo inicial rumo a um relacionamento de compromisso para o resto da vida.
Compartilhe seus sentimentos com Deus e peça que ele controle sua mente e seus desejos. Esse é um exercício constante de dependência nele que, de uma forma ou de outra, vamos realizar até o fim da jornada aqui na terra.
Embora o assunto seja amplo e interessantíssimo, tenho de ficar por aqui 🙂
Se quiser, escreva mais a esse respeito para continuarmos a conversa.
Bênçãos do Senhor para você também, amiga!
Kisses,
Su