Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, H.! Eu acho ótima essa abordagem de respeitar todas as convicções e de procurar conter estragos na medida do possível. Agora, é importante entender que ela não se aplica a todas as situações em nossa vida.

Suponhamos, por exemplo, que alguém lhe diga que rouba celulares de outros, pois não vê nenhum problema em fazer isso. Essa é uma convicção da pessoa (roubar não é problema). Será que devemos respeitar essa convicção? Ou devemos amar e respeitar a pessoa, mas discordar da convicção errada e, talvez, tomar providências para que ela mude de conduta?

Pois bem, independentemente da controvérsia sobre disciplina física ser bíblica ou não, ela é contra a lei de nosso país (da mesma forma que roubar o celular dos outros também é contra a lei). A meu ver, nesse caso, perguntar como aplicar o castigo físico de modo “aceitável” é o mesmo que perguntar como assaltar alguém de modo “aceitável”. Será que se o ladrão disser “por favor” e “obrigado” é melhor? kkk Será que se ele não apontar uma arma é melhor? A questão central não é como ele realiza o assalto, mas o fato de que ele está cometendo um crime.

Tenho dificuldade, portanto, em responder sua pergunta de uma forma que siga minha consciência. Não posso lhe dizer o que seria “menos pior” nesse caso do castigo físico, pois o ato em si é um crime.

De novo, não estou entrando em questão de interpretação bíblica, mas em questão de legislação do nosso país.

A meu ver, você teria respaldo até para ligar para o Disque 100 e fazer denúncia anônima. Claro que isso teria muitas implicações e poderia até envolver conselho tutelar, etc. Mas, o que eu quero dizer é que tem horas que a gente precisa avaliar se deseja continuar na neutralidade só para ser bem aceita por todo mundo. É uma questão de cada um avaliar seus valores e princípios pessoais e pedir muuuuita sabedoria de Deus para entender como aplicar esses princípios.

O que você faria, por exemplo, se uma dessas surras que acontecem em sua família ferisse gravemente a menina?  Esconderia? Levaria para o hospital (onde teria de explicar o que aconteceu ou mentir)? Eu não tenho respostas prontas para essas perguntas e, infelizmente, também não tenho como sugerir uma “surra light”, pois esse é um ponto que, tanto quanto eu entendo, vai além de questões de opinião e entra em questões legais.

De qualquer modo, peço que Deus lhe mostre claramente como interagir com essas questões dentro de sua família – com profundo amor, entendimento e buscando o bem e a proteção dos mais fracos. Afinal, foi o que Jesus fez 🙂

Paz de Cristo para você e até a próxima!

Kisses,

Su

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