Pergunta:

Olá, Su! Você tocou bem no ponto: ter uma comunidade, uma igreja, é importante para eu me sentir apoiada e apoiadora, só que há tantas igrejas com “ensinamentos estranhos” por aí… O termo certo é esse mesmo, o mínimo que eu posso chamar aquilo é “estranho”. Mas como eu não gosto de ficar discutindo assuntos de fé, pois respeito todas as convicções, ainda mais em uma família onde cada um frequenta uma igreja (e alguns são fisgados por aquelas “estranhas”) que eu prefiro é ficar calada, observar e só me meter na hora certa. Mas talvez algum dia eu encontre uma igreja que eu confie. Não sei se já perguntei, mas você tem uma igreja?
Então, no caso do vídeo, você me aconselhou a me envolver o mínimo possível? Mas quando chegou sua resposta eu já tinha me envolvido hihi. Mas vou contar o que eu fiz, para você julgar se eu agi certo, ou se poderia ter feito melhor.
Foi assim, a mãe da menina que apareceu no vídeo é uma amiga. A minha ideia foi envolver uma cunhada minha que é advogada, pois a questão tinha aspectos legais, então fomos as duas na casa dela. A menina ainda não tinha falado do vídeo com a mãe, pois estava com medo, mas garantimos que estávamos lá para ajudar, então ela mostrou o vídeo e contou tudo o que estava acontecendo. É claro que a mãe ficou super zangada, mas eu e a minha cunhada falamos assim: isso tem que ser resolvido por partes, e o mais urgente agora é o que está rolando no colégio, depois você cuida da sua filha. Ela se acalmou e fomos nós quatro para o colégio falar com o diretor. Nós identificamos a aluno que estava espalhando o vídeo, a minha cunhada disse que podia até mover uma ação contra ele, e o diretor se comprometeu a tomar providências. Primeira missão cumprida, ufa!
Segundo, identificamos o motel que deixou os menores entrarem e a minha cunhada ficou de fazer uma advertência a eles. Aí voltamos para a casa e aproveitei para rever um pessoal que fazia tempo eu não via, a minha amiga primeiro serviu um café para a gente e foi pegar um cinto e levar a filha para o quarto. Ficamos lá conversando e escutando do lado de fora da porta: Ai Ai Ai hihi.
E então, você acha que eu “me meti” do jeito certo? A minha ideia foi dividir a missão conforme o mais urgente: primeiro cessar a divulgação do vídeo, depois notificar o motel, depois a disciplina da adolescente em casa.
No caso da minha sobrinha filha da minha irmã mais velha, eu acho que às vezes eu me intrometo em excesso, isso porque eu sempre tive uma ligação forte com elas duas, e admito que às vezes me deixo mesmo “enredar”. Essa minha irmã é uma das poucas da família que não está em uma igreja, e acredito que isso contribui para a falta de entendimento dela com a filha, mas quem sou eu para aconselhá-la a entrar para uma igreja, se eu também estou fora?
Graça e Paz! H.

Resposta da Sú:

Graça e Paz, H.! Em resposta a sua pergunta, sim, eu participo de uma igreja. Mas já passei períodos sem ir, por vários motivos. Sei que é plenamente possível mantermos um relacionamento verdadeiro com Deus fora da igreja, mas, posso dizer por experiência própria que nossa caminhada com Cristo é imensamente mais rica e completa com essa dimensão comunitária, em um lugar sério que priorize o estudo da Palavra.

Quanto ao caso do vídeo, parece-me que você fez o que estava ao seu alcance e fez sentido buscar o conselho de uma advogada. Se você pediu sabedoria de Deus, ficou atenta para a voz dele e ficou em paz com sua escolha, pode ser sinal de que você tomou as providências cabíveis. Não há como controlar todos os desdobramentos dessa história, mas tudo o que for possível fazer para restaurar esses adolescentes e para corrigi-los e orientá-los com amor (e não apenas castigá-los) é importante.

Uma coisa que me preocupou em seu relato, porém, foi essa questão do castigo físico (bater na filha com cinto?!). É comum as pessoas não saberem (ou desconsiderarem) que é contra a lei de nosso país e proibido no Estatuto da Criança e do Adolescente esse tipo de castigo físico. Se queremos nos chamar de cristãos e dar bom testemunho para o mundo, uma coisa importante a fazer é obedecer às leis, especialmente quando não são conflitantes com o ensino bíblico.
Veja este link no qual trato desse assunto: https://www.faithgirlz.com.br/estava-eu-lendo-proverbios-e-alguns-versiculos-falam-sobre-a-a-vara-da-disciplina-para-a-correcao-dos-filhos-so-que-existe-a-lei-da-palmada-e-agora-o-que-os-pais-devem-fazer-como-conciliar-o-q/

Quanto a sua irmã e a filha dela, confie que, se você buscar direção de Deus, ele vai continuar lhe mostrando como agir nessas interações tão delicadas. Você tem oportunidade de ser luz de Cristo para elas – e isso é muito bom! Que o Senhor continue abençoando você!

Até a próxima!

Kisses,

Su

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