Profissão “Médica” – Parte 2

Confira a segunda parte de nossa entrevista com a Doutora Gabriela Fuster, a Gabi, quem compartilha com a gente curiosidades sobre a carreira em medicina.

 

Ela é Ginecologista e Obstetra e faz mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Uma das paixões de Gabi é falar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Seu objetivo é promover acessibilidade para mulheres surdas dentro dos programas de saúde da mulher.

 

Confira, a seguir, a segunda parte de nosso bate-papo.

 

Gabi, quais são os principais requisitos exigidos pelo mercado?

Em medicina, a exigência é ter o registro de classe, no caso o CRM. Se você é especialista, pode ter o registro de especialidade cadastrado no conselho (RQE). A especialidade é feita, preferencialmente, por residência médica em instituições credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC), mas há outras modalidades, como as pós-graduações.

 

Poderia compartilhar algumas curiosidades sobre a profissão que só quem é de dentro sabe? 

Medicina é uma profissão versátil e está presente em outras áreas, como a jurídica, a militar, a acadêmica, a esportiva, entre outras. Um médico pode ser policial, perito criminal, seguir carreira nas forças armadas (exército, aeronáutica, marinha), pode ser professor universitário, pesquisador, médico de aviação… Enfim, não há limites para a medicina.

 

Outra curiosidade é que, por vezes, recebemos pacientes estrangeiros que não falam nosso idioma. Já recebi pacientes falantes do inglês e do francês. Há também a nossa comunidade surda brasileira, que se comunica pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

 

Eu falo LIBRAS e estou no mestrado com o intuito de promover acessibilidade para mulheres surdas dentro da saúde da mulher. É maravilhoso ver como as mulheres surdas ficam felizes e se sentem seguras quando o médico ou a médica pode se comunicar na língua delas. Então, é importante investir em idiomas.

 

Medicina é uma profissão versátil e está presente em outras áreas, como a jurídica, a militar, a acadêmica, a esportiva, entre outras.

Doutora Gabriela Fuster

Todo médico ou médica fica rico?

É um mito a ideia de que todo médico fica rico. Recebemos de acordo com o que trabalhamos, ou seja, para ganhar muito, trabalha-se muito. Os valores mudam conforme a especialização do profissional. Um médico especializado tem expectativa salarial maior do que a do médico que não se especializou.

 

Há a questão dos objetivos do médico, que podem mudar a perspectiva de ganho. Há médicos que são mais dedicados ao voluntariado.

 

O tempo de atuação e a experiência também podem influenciar nessa perspectiva. Por exemplo: um médico pode levar em média 15 anos ou mais para atingir estabilidade financeira, isso contando o tempo de formação (6 anos de faculdade) e de especialização (variável entre 3 e 5 anos, em média).

O médico consegue ter um bom padrão de vida com o fruto do seu trabalho, mas ficar milionário seria algo muito ambicioso.

 

Três conselhos fundamentais para as meninas que querem ser médicas.  

Tenham Deus no coração, pois vocês irão tocar em almas. O tratamento de um paciente não é apenas físico, mas espiritual também. Às vezes, eles terão o que precisam só pelo seu acolhimento e por sua atenção ao ouvi-los.

 

Mantenham sua identidade firme em Cristo, pois no dia a dia há situações confrontadoras, e isso faz parte do desenvolvimento.

 

Sejam sempre humildes meninas, não sabemos tudo nesta vida, somos tão humanas quanto nossos pacientes e temos nossas limitações, por isso a Bíblia diz que funcionamos como um corpo, precisamos uns dos outros.

 

Uma mensagem final às faithgirlz.

Se Deus colocou este sonho no coração de vocês, vão sem medo, não importa o lugar em que forem estudar, pois o que realmente importa é a dedicação em torná-lo realidade e a certeza de que Deus estará sempre com vocês.

 

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