Pergunta:

Graça e paz, Su.
Então su, hoje é um desabafinho e umas dúvidas, que preciso de orientação.
Eu me sinto afastada de Deus e tem vez, que sinto que estou ficando mais próxima. Muitas coisas eu me proponho a fazer e acabo descumprindo, como orar tal hora do dia, não fazer tal coisa, começar fazer outra.
Muitas vezes, sinto que estou querendo ser cristã, por medo de ir por inferno e outra, porque amo Deus, quero amar mais, e me entregar a ele verdadeiramente.
Muitas vezes na horação, quero que acabe logo, para eu fazer outras coisas, tipo estudar. Tem horas que estou gostando de estudar, focada e reservo um momento para horar no dia, noite, mas acabo adiando e quando vou orar, eu gosto, mas também penso em outras coisas e terminar logo, para estudar, porque estou gostando da disciplina, assunto.
Outra coisa:
Eu e uma garota estavamos conversando sobre ser mulher, direitos e deveres e tais e como tem mulher que abusa disso.
Ela disse que não concorda com lei Maria da Penha. Ela disse que deveria ter uma lei contra agressões para todos, independentemente do gênero, já que as mulheres querem direitos iguais.
E muitos homens dizem que as mulheres também deveriam ser obrigadas a se alistar no exército, já que querem direitos iguais, também devem ter os mesmo deveres. Sei que alistamento é cultural, até porque há paises que não é obrigatório para ninguém e alguns, como Israel, é obrigatório até para mulheres.
Uma mulher anti feminismo, dizer que as mulheres só conseguiram direito ao voto, por concensão masculina e que anos antes, as mulheres que não faziam questão, era porque sabia que os homens só podiam votar, se se alistassem e elas não queriam ser obrigadas a isso.
O que você acha de todas essas questões, principalmente sobre a lei Maria da Penha?
kisses. L.

Resposta da Sú:

Hello, L.! Quanto às questões de seu relacionamento com Deus, recomendo que você releia conversas que tivemos sobre esse assunto. Tem várias coisas importantes que nós refletimos juntas e que pode ser interessante você recapitular.

Quanto a direitos e deveres das mulheres, também sou a favor da igualdade (a meu ver, por exemplo, serviço militar deveria ser voluntário e aberto para todos que tivessem desejo e condições de servir – homens, mulheres, pessoas LGBTQIA+). Claro que, além da necessária transformação de pensamento a esse respeito, as implicações práticas/logísticas disso são imensas e, portanto, duvido que aconteça alguma mudança no futuro próximo em nosso país.

Embora sejamos a favor da igualdade é importante reconhecer que ela ainda não existe. E, enquanto não chegamos a essa igualdade, ainda precisamos de algumas legislações e ações para promovê-la e garanti-la. A Lei Maria da Penha é extremamente importante, pois não é uma simples lei sobre agressão física. Ela faz parte de um programa amplo para promover a dignidade, a segurança e o bem-estar da mulher em todos os aspectos – mental, emocional, físico, econômico, etc. Infelizmente, uma vez que nossa sociedade ainda é extremamente machista, leis desse tipo ainda são fundamentais. Da mesma forma, uma vez que nossa sociedade ainda é extremamente racista, ainda precisamos de leis e ações que tratem especificamente dessa questão.

Por fim, é bom lembrar que igualdade não é sempre uniformidade. Cada gênero pode ter necessidades específicas que precisam ser atendidas de forma específica. Só porque homens não menstruam, por exemplo, não significa que o governo deve ignorar a necessidade feminina de absorventes. Só porque mulheres não têm pênis, não significa que devemos ignorar a necessidade de distribuir preservativos. E assim por diante. Essa é uma discussão que exige bom senso, flexibilidade e muuuuito diálogo – coisas que, infelizmente, andam em falta em nosso mundo. Que Deus nos ajude a ser luz e sal no meio disso tudo!

Até a próxima!

Kisses,

Su

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