Hello, J.! Recebi e respondi a pergunta acima, mas, por falha minha, ela não foi publicada. Peço desculpas e agradeço por você reenviar. Aqui está a resposta:
Acho muito legal sua disposição de dialogar e considerar diferentes pontos de vista.
Muito obrigada pelas informações adicionais.
Ótimo saber que sua filha tem acesso a uma boa escola e também terá períodos claramente definidos de estudo em casa. Em minha opinião, a melhor forma de saber se essa rotina está de bom tamanho é testá-la por algum tempo (duas semanas? um mês?) e depois reavaliar. Você pode combinar com sua prima de fazer esse tempo de experiência e, depois, conversar novamente.
Sobre disciplina física, como deve ter ficado claro, não sou a favor nem para criança nem para adolescente. Do que vejo com adolescentes, mesmo quando é feita com “moderação”, a disciplina física é degradante. E, se uma figura com autoridade (mãe, prima, tia, etc.) pode aplicar disciplina física em adolescente, o que impede uma suposta figura com autoridade (por exemplo, um pastor) de aplicar disciplina física em uma pessoa adulta debaixo dessa autoridade? Se a gente usar essa abordagem, com que idade ninguém mais tem o direito de bater em você?
Privar o adolescente de privilégios (tirar o celular, proibir de sair, de usar tv, etc.) é uma disciplina eficaz, quando devidamente aplicada.
E, por fim, creio que é fundamental você manter abertos os canais de comunicação com sua filha, como você tem se esforçado para fazer. Ela precisa saber que pode expressar raiva, descontentamento, medo, etc., sem que haja uma porção de consequências negativas imediatas. Se ela disser que “está sendo um saco”, procure fazer perguntas, tipo: “O que está incomodando mais? Por que você acha que é tão ruim? O que você acha que pode fazer para mudar essa situação?”. Apenas ouça e não dê respostas imediatas. Reforce a ideia de que não é do interesse dela mentir, que isso só irá piorar a situação dela. E, a cada conversa, peça discernimento de Deus para ouvir o que talvez esteja nas entrelinhas. A tendência é que, com o tempo, sua filha se sinta mais segura de compartilhar as coisas dela, mesmo que seja só um pouquinho aqui ou ali. Se ela continuar totalmente fechada, ou se as mentiras persistirem, pode ser sinal de que a presente abordagem precisa de ajustes.
Não existe uma fórmula, mas em todas as decisões que tomamos, podemos confiar que Deus mostrará como as coisas estão se encaminhando e se precisamos fazer pequenas (ou maiores) correções ao longo do caminho. É bom saber que nunca estamos sozinhas nessas decisões, que temos o Espírito Santo dentro de nós para guiar cada passo!
Que ele continue a conduzir você. Até a próxima!
Kisses,
Su