Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, J.! Bem-vinda ao blog FaithGirlz!
Imagino o quanto você esteja triste e preocupada com sua filha diante dessa situação.
Sem dúvida, esse tipo de comportamento, que obviamente não é o ideal de Deus para ninguém, pode ter consequências sérias e amplas. No entanto, precisamos tomar cuidado para não colocar as questões sexuais em uma categoria à parte, como se fosse um “pecadão”, enquanto outras coisas são “pecadinhos”. Pense, por exemplo, no que você faria se descobrisse que sua filha está colando nas provas, desrespeitando professores, mentindo para eles, sendo agressiva com colegas. Tudo isso é tão sério e tem implicações tão amplas (ainda que diferentes) quanto a exploração da sexualidade fora de um relacionamento de compromisso para o resto da vida.

Diante disso, minha sugestão é que, primeiramente, você converse com sua filha de modo firme, mas acolhedor. Sim, ela errou. Mas, além de disciplina, o que ela mais precisa agora é de aceitação, orientação e um ambiente propício para restauração. Quer ela reconheça o erro ou não, em casos desse tipo, uma consequência que me parece apropriada é deixá-la por um longo período sem contatos sociais/relacionais, especialmente com esse grupo que está exercendo influência tão negativa. Muitos pais decidem proibir os filhos de ir a quaisquer festas, encontros ou outras atividades com amigos por determinado número de semanas (ou meses). Isso pode incluir também um tempo sem celular e com acesso à internet restrito apenas a atividades de estudo. É evidente que ela não está sabendo usar a liberdade dela para se relacionar de modo saudável com outros. Portanto, suspender toda essa liberdade por um prazo determinado pode ser uma forma de ajudá-la a refletir sobre essa área da vida dela.

Além disso, antes de restaurar essa liberdade (ou parte dela) pode ser boa ideia sentar com sua filha e traçar regras bem claras sobre horários, lugares, companhias, etc. Algumas coisas você terá de impor, mas outras podem ter espaço para negociação. Defina de antemão, também, quais serão as consequências se ela desrespeitar o combinado. Por exemplo, se você definir que ela precisa estar de volta em casa no horário X e ela atrasar, ficará X semanas sem poder sair novamente.

Agora, além dessa disciplina clara, com termos bem definidos, é importantíssimo reforçar o apoio pessoal/espiritual. Procure orar junto com ela diariamente, pedindo ajuda e sabedoria de Deus para as escolhas dela. Se possível, leiam e estudem a Bíblia juntas e/ou um livro de devocionais. No site da Editora Mundo Cristão (https://www.mundocristao.com.br/) e de outras editoras cristãs você encontra uma variedade de Bíblias de estudo e outros materiais úteis. Talvez sua filha se mostre resistente no início, mas insista um pouco. Deixe-a ver você lendo a Bíblia e orando todos os dias e não desista de convidá-la a participar.
Por fim, a menos que essas meninas e meninos que você mencionou sejam, em sua maioria, da igreja, não vejo razão para você levar essa questão para a liderança da sua congregação. Se um jovem pratica bullying, desrespeita professores ou mente para os pais, a igreja aplica disciplina em público? E se um adulto maltrata o cônjuge, é desonesto nos negócios ou faz fofocas habitualmente, essas questões são trazidas diante de toda a congregação ou tratadas com medidas disciplinares?

Com base nos muitos casos que vejo, humilhar e envergonhar os jovens ao levar essas questão para a liderança da igreja tem o efeito contrário: gera maior rebeldia e pode levá-los a afastar-se ainda mais de Deus. Se é para a igreja intervir, que seja por meio de discipulado, de acompanhamento pessoal muito discreto e de apoio para que sua filha aprenda a lidar corretamente com os desejos e impulsos sexuais dela com forças do Espírito. Esse é o caminho para o verdadeiro crescimento e amadurecimento espiritual (e não apenas bom comportamento), que produz as condutas corretas.

Que o Senhor cubra você de sabedoria, graça, compaixão, consolo, assertividade e muito, muito amor para acolher, disciplinar e orientar sua filha.

E, sempre que quiser conversar, estamos à disposição!

Kisses,

Su

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