Hello, D.! Que legal saber que você estabeleceu alvos para se tornar vegetariana! Algumas pessoas consideram mais fácil remover toda a carne do cardápio de uma vez, outras, vão fazendo aos poucos, como você. É legal cada um entender o que verdadeiramente funcionará melhor para si em longo prazo e, com a ajuda de Deus, se manter firme em seus alvos!
Que interessante você dizer que eu sou gentil nas respostas sobre esse assunto. Na verdade, minha tendência é ter uma atitude bem radical e impositiva, especialmente quanto a questões de sustentabilidade e afins. Qualquer moderação ou gentileza, portanto, vem de Deus e é resposta de oração, pois essa é uma luta constante para mim. O que tenho notado ao longo dos anos, porém, é que o discurso muito radical e militante acaba afastando as pessoas, sendo inútil ou até gerando efeito oposto. De acordo com um ditado, é mais fácil pegar moscas com mel do que com vinagre, rsrs. Respeitar a visão de cada pessoa é um desafio imenso, mas também é um exercício de confiança naquilo que Deus quer fazer na vida dela. Transmitir as ideias de forma tranquila é uma forma de mostrar que acreditamos, de verdade, que Deus (não nós) está no controle da vida de outros e do mundo. Temos o privilégio de dividir experiências, mas nunca temos capacidade de impor os resultados. Sim, neste momento da história humana, reduzir o consumo de carne é absolutamente essencial por inúmeros motivos. E o Deus que criou e sustenta esse mundo e cada vida dentro dele sabe disso muito melhor que nós! Para mim, portanto, é necessário sempre voltar à realidade da bondosa soberania de Deus. Tem a parte que eu posso fazer (dividir experiências, sugestões e alternativas) e tem a parte que é âmbito de governo de Deus. Abrir mão da minha prepotência e reconhecer a onipotência de Deus nunca é simples, mas é o caminho para a paz interior e bom convívio com outros. Caminho muuuito longo esse, mas Deus ajuda! 🙂
E isso amarra com a outra pergunta sua. Meu marido não é vegetariano! Ele gosta muito de carne, especialmente vermelha. Mas, ele também tem consciência das muitas questões envolvidas e, portanto, encontrou o meio-termo dele. Come carne vermelha talvez duas ou três vezes por ano e carne branca só alguns dias por semana, se tanto. E, sempre que possível, consumimos produtos que tenham certificação de bem-estar animal (especialmente ovos e leite), pois não adianta deixar de comer frango, por exemplo, mas comer ovos de galinhas que sofrem horrores nas granjas.
Por fim, uma coisa que tem me ajuda bastante é lembrar que, neste mundo bagunçado pelo pecado, nunca vamos conseguir fazer o ideal. Todas as nossas decisões de consumo e lazer, por menores que sejam, em algum aspecto vão envolver exploração, sofrimento e/ou danos para algo ou alguém (por isso, um dia, Deus vai criar uma nova terra). No entanto, Deus nos dá o maravilhoso presente de procurar fazer o nosso melhor, dentro das nossas circunstâncias, o que significa que não vai ser a mesma coisa para todos. Ter isso em mente dá uma acalmada na consciência e ajuda a respeitar o ponto da jornada em que cada um se encontra.
Até a próxima!
Kisses,
Su