Hello, A.! Essa questão que você traz é um tanto complexa. Vamos pensar na resposta por partes:
1 – Primeiramente, analise com muito senso crítico as letras das músicas. Antes de se preocupar com quem escreveu e/ou canta as músicas, preocupe-se com a mensagem que elas transmitem. Peça ao Espírito que lhe muita sabedoria, discernimento e clareza para comparar o conteúdo com aquilo que a Bíblia ensina. Avalie se essas canções são verdadeiramente edificantes.
2 – O ideal de Deus é que a gente tenha coerência de palavras e ações. Claro que isso não é fácil para ninguém, mas precisamos buscar continuamente ajuda do Senhor para viver de acordo com aquilo que pregamos (seja por meio de testemunho falado ou cantado). Eu sei de quem você está falando e, embora não possamos julgar o coração da pessoa, parece haver discordância entre as declarações de fé dessa pessoa e as atitudes e ações da vida diária (no mínimo, existe forte aparência do mal na vida dela). Se você analisou as músicas conforme o item 1, acima, o caráter da pessoa não anula o valor da mensagem, mas serve de lembrança para ficarmos mais atentas.
3 – Por fim, existe uma diferença entre aquilo que escolhemos fazer em nosso tempo devocional pessoal, a sós com Deus em nosso quarto, e aquilo que fazemos no culto público, em que adoramos a Deus em comunidade e também anunciamos a Palavra de Deus para o mundo. Se Deus lhe mostrou que essas músicas trazem mensagens que contribuem para a verdadeira adoração em sua vida, tudo bem. Continue a ouvi-las e aproveitar o que elas têm de bom!
Em minha opinião, porém, isso não significa que essas músicas devem ser usadas em público, nos cultos da igreja, em que há pessoas cristãs e não cristãs que podem se distrair (ou até se escandalizar) com essa questão. Existem tantas músicas evangélicas de bom conteúdo, cantadas por pessoas que têm uma vida menos controversa. Por que escolher justamente essas para o culto da igreja? A meu ver, essa é uma complicação desnecessária. O culto da igreja deve ser inteiramente voltado para a adoração a Deus, com o mínimo possível de distrações e de motivos de conflito. Claro que sempre vão existir diferenças de opinião e complicações, mas, nesse caso, é tão simples não trazer essas músicas para o culto (ou, simplesmente não cantá-las se elas aparecerem no tempo de louvor da igreja). Em vez de “ir na onda”, você pode ficar sentada quietinha, no seu canto, orando pela vida dessa pessoa e de outras envolvidas nesse escândalo. Garanto que será muito mais produtivo.
Como você vê, portanto, não é apenas uma questão de pode/não pode, mas de avaliar tudo com muito critério, muita calma e, principalmente, muita direção do Espírito. Pessoalmente, eu examinaria se tem alguma coisa boa, guardaria isso para mim e, de resto, ficaria quieta no meu canto. E, se eu percebesse que essa questão está sendo tropeço para algum irmão na igreja, eu conversaria sobre isso com o pessoal da liderança.
Fale com Deus e confie que ele lhe mostrará. Deus sempre nos dá a medida necessária de discernimento para fazer aquilo que alegrará o coração dele!
Até a próxima!
Kisses,
Su