Hello, N.! Bem-vinda de volta! 🙂
É interessante que sua pergunta traz várias questões, algumas delas interligadas. Vamos um item de cada vez.
1 – Precisamos entender que nosso relacionamento com Deus é algo que se desenvolve aos poucos, principalmente através da leitura da Bíblia e da oração pessoal, ou seja, nosso tempo a sós com ele. Às vezes recebemos respostas confusas porque damos ouvidos demais à palavra de outros (profecias, revelações, etc.) em vez de ouvir primeiramente a Palavra de Deus. Para mais sobre isso, veja este post:
http://depapocomasu.blog.br/deus/2018/05/revelacoes-sinais-e-sonhos-tome-cuidado/
2 – Deus muitas vezes não tira um sentimento de nosso coração por “mágica”, pois ele quer nos ensinar algo durante os tempos de espera, indefinição e frustração. O seguinte post fala sobre como isso se aplica a envolvimentos românticos, mas o princípio se aplica a outros sentimentos:
3 – Depois que Cristo veio ao mundo, essa questão de papel masculino e papel feminino no relacionamento se tornou muito menos destacada do que no Antigo Testamento (famílias patriarcais). Veja, por exemplo, Gálatas 3.27-28. A questão, portanto, não é fundamentalmente seu papel feminino dentro do relacionamento, mas seu papel como uma pessoa em relação a outra pessoa.
4 – Um elemento importante nesse tema de autonomia/independência é, por vezes, nosso medo de nos tornarmos vulneráveis e dependentes de alguém, pois um dia essa pessoa pode nos magoar. Meu conselho a esse respeito é que, da próxima vez, você procure desenvolver um relacionamento bem devagar, começando com uma longa amizade e dando a si mesma tempo para formar confiança. Para abrir mão de uma parcela da nossa autonomia, precisamos confiar plenamente na outra pessoa, o que leva um bocado de tempo. Muitas vezes, no início do relacionamento, as duas partes se sentem independentes e têm aquela pensamento do tipo “estou com você porque eu quero, e não porque eu preciso”, mas, se buscamos ajuda de Deus para realmente cultivar um bom relacionamento, aos poucos vamos abrindo espaços para o outro dentro de nós e percebendo que precisamos dele. Essa dependência não se manifesta necessariamente em coisas práticas (por exemplo, você pode ter capacidade de se sustentar, dirigir o próprio carro, etc.), mas em intimidade emocional, em coisas como apoio mútuo, companheirismo, compreensão, ouvir e ser ouvida, respeitar e ser respeitada. Percebe a diferença?
Se você pedir ajuda de Deus para formar verdadeira intimidade de alma com a pessoa ao lado da qual você está caminhando, essas questões de independência e autonomia vão se resolvendo aos poucos, especialmente por meio de diálogos honestos e, como disse, de crescimento em confiança.
5 – Por fim, Deus é o maior interessado em transformá-la na pessoa que ele a criou para ser, não importa o que você tenha feito ou deixado de fazer. Pecados perdoados são pecados apagados. Esse trabalho de mudança é realizado pelo Espírito Santo dentro de você à medida que você se relaciona diariamente com Deus – e é um trabalho que se estende por toda a sua vida. Mas, temos a promessa de que Deus fará em nós tudo o que for necessário. Veja Filipenses 1.6, que fala exatamente sobre isso.
Que sua jornada com Cristo
continue a ser abençoada!
Até a próxima!
Kisses,
Su