Hello, D.! Parabéns por sua boa apresentação. O caminho é esse mesmo: organizar-se bem e treinar antes! Graças a Deus porque ele lhe deu sucesso 🙂

Para entender o “ser encontrado/achado em Deus”, a gente precisa acompanhar o raciocínio de Paulo alguns versículos antes. No começo do capítulo, ele está falando dos cristãos judeus que achavam que era preciso ser circuncidado para ser salvo (ou seja, seguir a lei mosaica). Em seguida, ele dá o “currículo” dele que, diga-se de passagem, era bem impressionante. E, por fim, ele diz que seu verdadeiro “eu”, sua identidade não está em nada disso, mas em Cristo. O termo grego traduzido por “achado/encontrado” é heurisko, e um dos significados é “ser reconhecido, ser descoberto”. Fica a ideia, portanto, de sua verdadeira essência, quem Deus o criou para ser, só vem à luz, só pode ser concretizada, descoberta e reconhecida quando ele abre mão desse currículo maravilhoso (perder esses méritos humanos), considera tudo isso menos que lixo (v. 8) e se “esvazia” para que Cristo seja formado nele – ou seja, para que o Espírito Santo dê para ele um caráter cada vez mais semelhante ao de Cristo. Isso não anula a personalidade dele, não faz com que ele perca sua identidade. Pelo contrário, faz com ele seja 100% quem ele nasceu para ser. Essa, minha amiga, é nossa luta diária – abrir mão do nosso ego para que nos tornemos cada vez mais parecidas com Cristo. Não passamos a fazer parte da natureza de Deus. Não nos tornamos “divinos” em algum sentido. Apenas começamos a viver cada vez  mais de acordo com essa nova identidade que Cristo nos deu quando ele nos salvou. Somos unidos a Deus apenas no sentido de pais e filhos são unidos, com vínculos de afeto e reverência. Ao mesmo tempo, ele continua a ser Deus, e nos continuamos a ser suas criaturas. Será que ficou um pouco mais claro? Escreva novamente se ainda tiver dúvida, ok?

Paz de Cristo para você, minha amiga!

Kisses,

Su