Hello, D.! Boa pergunta! Para começar a respondê-la, precisamos voltar àquela conversa sobre o que levou Deus a inventar o sexo: http://depapocomasu.blog.br/sexo/2018/08/por-que-deus-inventou-o-sexo/
Dentro desse contexto, a gente percebe que a relação sexual é algo extremamente sagrado – tem a ver com Deus e com o coração dele. E é algo íntimo – diz respeito somente ao casal casado. Portanto, exceto em casos muito específicos (preparo de noivos, aconselhamento, terapia ou denúncia de violência), sexo não é algo para ser discutido ou descrito em detalhes para outros.
Do ponto de vista cristão, não existe diferença entre material erótico e material pornográfico – as duas coisas tornam público algo que é íntimo e distorcem e banalizam algo que é sagrado.
Uma autora cristã que escreve contos eróticos para circulação pública levanta, portanto, várias questões problemáticas. Se ela se inspira nas próprias experiências sexuais com o marido, significa que ela está divulgando a intimidade do casal para despertar desejos e fantasias em outros (essa é uma das definições de pornografia). Como essa autora sabe que somente mulheres casadas estão lendo os contos e como sabe que essas mulheres estão apenas pensando em seus respectivos maridos (e não no marido da autora ou outros homens)? Ela está produzindo material que tem a grande probabilidade de levar outros a pecar em pensamento.
Além disso, o que verdadeiramente ajuda a vida sexual de um casal casado é conversar muito, cultivar o companheirismo e a intimidade em todas as áreas e, se necessário, buscar aconselhamento especializado. Trazer contos, filmes, etc. com a história de outros para dentro do quarto é como trazer desconhecidos para participar da sua intimidade conjugal.
A única coisa que me parece válida nesse sentido seria esposa e marido escreverem um para o outro (e para mais ninguém!) sobre o desejo, os sentimentos, os prazeres que eles têm (ou gostariam de ter) como casal, a antecipação de um encontro, o que eles consideram atraente um no outro, etc. Qualquer coisa que passa disso, vulgariza a relação e pode facilmente gerar fantasias inapropriadas (envolvendo outras pessoas além do cônjuge).
Por fim, só porque somos casadas, não significa que podemos deixar os pensamentos correrem soltos com literatura e entretenimento de vários tipos. A santidade de pensamento e atitude na área sexual é algo fundamental no casamento também.
Kisses,
Su