Hello, amiga D.! Tudo tranquilo por aqui 🙂
Vamos às perguntas, na ordem que você apresentou:
1 – Sobre a impureza cerimonial, se o homem tinha uma polução noturna, ficava cerimonialmente impuro até a tarde do dia seguinte (Levítico 15 explica direitinho). Se o homem tinha algum tipo de fluxo (decorrente de uma infecção, por exemplo), ficava impuro durante todo o tempo desse fluxo. A mulher menstruada só ficava cerimonialmente impura por sete dias/ aproximadamente o período da menstruação. E todas as regras que valiam para a mulher menstruada também valiam para o homem com fluxo. É legal perceber como Levítico ressalta nossa enorme distância em relação à santidade de Deus. Então, quando Jesus vem, ele faz coisas muito doidas, tipo deixar-se tocar por uma mulher que estava cerimonialmente impura fazia doze anos! Ele a acolhe, a cura e a convida a dar seu testemunho (veja Marcos 5.25 em diante).
2 – Quanto a ser chorona, isso não é demérito, kkk. Meu conselho é que você não se preocupe com essa questão quando estiver em um ambiente de família, amigos, irmãos em Cristo. Agora, na escola e, futuramente, na faculdade/trabalho, uma forma de regular um pouco as emoções é tentar reforçar o lado lógico e objetivo. Se alguém a chamar de lado para fazer uma crítica, por exemplo, pegue papel e lápis e anote o que a pessoa lhe disser. Concentre-se na escrita e, na medida do possível, separe-se da crítica. Anote como se fosse sobre outra pessoa. Então, em casa, sozinha, releia e chore o quanto quiser, rsrs. Outra forma de criar esse distanciamento emocional é mudar o foco para algum objeto, ou para o lugar em que você está. A ideia não é desviar a atenção daquilo que estão lhe falando, mas sim, “ancorar” você em alguma coisa além das emoções. E, o mais importante por último: peça socorro pontual a Deus para que ele a ajude a conter as lágrimas caso ele considere isso importante e necessário. Sei por experiência que ele faz isso por nós.
3 – Quanto a sua colega/concorrente, compartilhe com ela todo o conhecimento, material, ajuda que você tiver ao seu alcance. Seu lugar no mundo está garantido por Deus. Você está 100% segura. Não precisa temer concorrência nenhuma e, portanto, tem liberdade de ajudar aqueles que estão na corrida junto com você. Como tradutora, indiquei vários colegas (“concorrentes”) para editoras às quais presto serviços e nunca fiquei sem trabalho. Pelo contrário, Deus sempre foi generoso ao extremo e tenho certeza de que ele o será com você. Não há testemunho melhor para o mundo do que mostrarmos nossa confiança nos planos de Deus para nós e sermos generosos com outros. Que Deus a ajude nesse exercício de fé!
4 – Sobre a camisinha, como todas as outras coisas da intimidade no casamento, precisa experimentar, conversar, e ver o que funciona melhor para cada casal. Uma das coisas mais divertidas de explorar a sexualidade junto com o marido é ir desenvolvendo aos poucos, no âmbito físico, a intimidade de alma que já deve existir antes do casamento. Embora no início haja constrangimentos, acanhamentos, experiências não muito bem-sucedidas (kkk), etc., tudo isso pode ser encarado numa boa, desde que haja diálogo.
5 – Sobre as chances de um namoro adolescente se transformar em casamento, isso vai depender de vários fatores, a começar pela idade. É praticamente impossível um par que começa a namorar com 13 anos ter maturidade para desenvolver um relacionamento sério, que permanecerá firme e forte até os 20 e tantos anos. Por isso namoro não é para adolescente que ainda não tem condições de pensar em casamento. Um par que começa a namorar com 18 ou 19 anos às vezes (nem sempre!) tem maturidade, responsabilidade e perspectiva de desenvolver um compromisso para o resto da vida, mesmo que ele se concretize vários anos depois. Por exemplo, eu comecei a namorar meu marido (dois anos mais velho que eu) no dia em que completei 19 anos (nós já éramos amigos há mais de um ano), e nos casamos quase sete anos depois, quando entendemos que tínhamos condições, em todas as áreas da vida, de assumir esse compromisso.
6 – Quanto a manter essa amizade, lembre-se, primeiro, de que um relacionamento é feito de duas partes. Vocês dois terão de se esforçar e se dedicar a tocar essa amizade adiante, mesmo quando as circunstâncias mudarem. Não controlamos os sentimentos, as decisões e as prioridades de outros (nem devemos tentar controlá-los ou manipulá-los). Segundo, pode ser boa ideia vocês começarem a conversar sobre isso agora e a planejar como poderão manter o relacionamento em longo prazo. Terceiro, voltamos à questão da confiança nos planos de Deus. Se essa amizade é algo que ele planejou para toda a sua vida (ou para muitos e muitos anos), ele também vai providenciar os meios para que isso aconteça.
Espero não ter deixado nenhuma pergunta de fora, rsrsrs.
De fato, a primeira pergunta sua que tenho registrada aqui é de janeiro de 2015! Viu como Deus encaminha as coisas para que alguns relacionamentos (mesmo a distância) tenham longa vida? 🙂
Que ele renove a cada dia suas forças e sua confiança na graça e bondade dele!
Até a próxima!
Kisses,
Su