Pergunta:

Resposta da Sú:

Querida E., em parte sua preocupação é natural. Todas nós nos sentimos meio ansiosas a esse respeito e, infelizmente, a sociedade ao redor faz um bocado de pressão também. Por mais que isso aconteça, o medo de não nos sairmos bem na lua de mel é fundamentado em uma versão um pouco distorcida da sexualidade. Se sexo fosse uma modalidade esportiva competitiva, na qual temos que mostrar bom desempenho, faria parte dos Jogos Olímpicos. E se fosse uma apresentação para a qual precisássemos ensaiar para “não fazer feio”, deveria ser praticado em teatros, com uma plateia de pelo menos quinhentas pessoas, rsrsrs. Felizmente, não é uma coisa nem outra. A verdadeira sexualidade, como Deus a criou para ser, tem três aspectos: (1) É uma belíssima representação do relacionamento entre Cristo e a igreja. Veja Efésios 5.24-25. (2) É a forma de expressar união, compromisso para a vida toda e profundo afeto pelo cônjuge. (3) E, para alguns, é a forma de gerar filhos.

Nossa preocupação, portanto, não deve ser com desempenho, se vamos saber o que fazer, quantos orgasmos vão acontecer, se vai ser uma experiência melhor que as anteriores, se o noivo vai nos comparar com parceiras anteriores, etc. Nossa “preocupação” deve ser em mostrar ao outro, com simplicidade e espontaneidade, o quanto ele é importante para nós, o quanto desejamos o bem dele e o quanto estamos empenhados em manter o compromisso com ele para o resto da vida. Aos poucos, vamos aprendendo a traduzir essas ideias tão complexas em pequenos gestos e carinhos que vão enriquecendo imensamente a dimensão sexual do casamento. Mas é um processo.

Portanto, não parece muito realista colocar altas expectativas na lua de mel e, muito menos, na noite de núpcias. Em minha opinião, esse é um tempo para explorar carícias devagar, para entender o que cada um gosta e quer naquele momento (não obstante as experiências anteriores), para deixar a intimidade crescer aos poucos, respeitando seu ritmo.

A meu ver, seria importante você conversar com seu futuro marido sobre esse assunto e, de repente, até combinar de explorar o sexo aos poucos, sem a obrigação de ter uma relação completa e super maravilhosa logo na primeira noite. Por vezes, é necessária uma transição cuidadosa entre a pressão e esforço para não tersexo antes do casamento e o desejo e suposta obrigação de ter sexo depois.

Procurem dialogar e, se possível, orar juntos sobre essa questão. O sexo é importante, mas é apenas uma dimensão do seu relacionamento, que reflete as outras. Aprofundar o companheirismo, a amizade e a comunhão espiritual em outras áreas vai ser de grande ajuda para uma vida sexual prazerosa, que simbolize verdadeiramente o quanto Cristo nos ama, a ponto de se entregar por nós J

E, sempre que quiser trocar uma ideia, apareça aqui!

Kisses,
Su

P.S. Que Deus abençoe imensamente seus preparativos para o casamento!