Hello, L.! Maturidade e responsabilidade são constituídas de um amplo conjunto de coisas, entre elas incentivo e estímulo, tipo de educação e instrução recebidas em casa na infância, ambiente doméstico e social, relacionamento com os pais, relacionamento com Deus, tipo de ensino escolar, tipo de personalidade e, de acordo com alguns, até mesmo bagagem genética. Essas são apenas algumas variáveis. Como disse alguém, não somos igual mamão que é só embrulhar em jornal e, no dia seguinte, está maduro, kkk. Nosso amadurecimento é um processo, e tem um ritmo diferente para cada pessoa, dentro de suas realidades e suas limitações e potenciais.
Meu conselho, portanto, é que além de não se comparar (como você lembrou bem que não deve fazer), você não se pressione. Cobranças próprias não são produtivas. Melhor usar essa energia para medidas práticas. Um bom passo inicial seria você buscar um psicólogo ou psicopedagogo especializado em aplicação de testes vocacionais. Para mais sobre vocação, profissão e afins, veja a conversa que tive com outra menina esses dias:
Ao entender sua vocação, ficará mais fácil escolher cursos profissionalizantes e áreas em que você poderá buscar trabalho. Não se acanhe de procurar trabalho informal também. Pode ser muito útil, em vários aspectos começar a ter uma pequena fonte de renda.
Quanto às demais questões de identidade, independência, etc., sinto que você está buscando respostas claras (e talvez imediatas?) para coisas que todos nós vamos aprendendo aos poucos ao longo da vida, com experiências (sim, todos nós aprendemos com elas, mesmo quando parece que não, rs), erros, conselhos de outros. Quem sabe é hora de você pedir mais concentradamente para que Deus lhe dê paciência e perseverança – consigo mesma, com outros ao redor, com suas circunstâncias, com as pequenas coisas diárias. Peça que Deus lhe mostre apenas o próximo passo. Você não precisa (e não deve tentar!) “se resolver” ou solucionar todas as questões da sua vida de uma vez, de imediato. Isso não existe. Só cria expectativas falsas e frustração.
E procure mudar seu foco de si mesma para outras pessoas (vou falar mais sobre isso em outra resposta adiante).
Ah, e quanto à igreja, dentro do possível, fique onde você está. Não parece haver motivo real para mudar, não é mesmo? Uma coisa é ir de vez em quando a outros cultos para acompanhar sua mãe, mas isso não significa que você precisa (ou deve) sair de onde está. Continue a orar por isso também!
Traga à sua memória, diariamente, que Deus é o maior interessado em fazer sua vida avançar em direção aos planos e propósitos dele. Talvez você se sinta “estagnada” no momento, mas considere a possibilidade de que você está exatamente onde Deus quer, pois ele tem razões para permitir essa fase, por mais difícil que seja. Peça ajuda do Espírito para confiar no amor e na bondade do Senhor por você!
Até a próxima!
Kisses,
Su
P.S.: Deparei com esse artigo esses dias e lembrei-me de seu interesse por esse assunto. Pareceu-me um posicionamento bastante equilibrado: https://teologiabrasileira.com.br/maldicao-hereditaria-uma-analise-teologica/