Hello, S.! Bem legal a sua pergunta! Para falar sobre o número de livros bíblicos é preciso conhecer um pouco da história da igreja e da formação da Bíblia. Afinal, a Bíblia não foi escrita toda de uma vez, pela mesma pessoa. Ela reúne livros escritos por vários autores ao longo de muitos séculos.

Com o tempo, pessoas estudiosas e comprometidas com Deus foram avaliando cada livro para ver se ele devia fazer parte da Bíblia ou não. Os livros do Novo Testamento foram escolhidos com base em alguns critérios específicos: se foram escritos ou influenciados por um apóstolo, se foram amplamente aceitos pela igreja primitiva e se seu conteúdo é espiritual e tem indicações de que foi inspirado por Deus. Os livros do Novo Testamento são os mesmos tanto na Bíblia protestante como na católica.

Os livros do Antigo Testamento vieram da Bíblia hebraica e, mais tarde, de uma tradução do hebraico para o grego chamada Septuaginta, que incluiu alguns livros origem duvidosa, mas que acabaram sendo aceitos pela igreja por um tempo.

Durante a Reforma Protestante (quando alguns cristãos perceberam que a igreja precisava passar por várias mudanças importantes), foi feita uma reavaliação dos livros do Antigo Testamento e concluiu-se que alguns deles não combinavam com o resto dos ensinamentos bíblicos ou com fatos históricos. Os protestantes removeram esses livros de sua Bíblia, enquanto os católicos resolveram mantê-los. Esses livros são chamados, por vezes, Apócrifos ou Deuterocanônicos, e a maioria dos protestantes considera que eles não foram inspirados por Deus.

Isso não significa, porém, que os Apócrifos não têm valor ou que não devem ser lidos. Alguns deles, como Sabedoria e Eclesiásticos trazem orientações válidas. Outros, como 1 e 2Macabeus, nos ajudam a entender o que aconteceu em termos históricos no período de quatro séculos entre o fim do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento.

A Confissão de Fé de Westminster, que expressa muitas ideias da Reforma, diz que os livros que temos na Bíblia protestante foram “dados por inspiração de Deus para serem [nossa] regra de fé e de prática”. Quanto aos outros livros, eles podem ser usados para nosso benefício como escritos humanos, mas não devem ser considerados como textos que têm autoridade divina.

Kisses,
Su