Se você já leu o livro ou tem mais de 14 anos e já assistiu ao filme, sabe do que estou falando! A série escrita pela autora Veronica Roth que está sendo retratada nas telas de cinema. Uma superprodução de som e imagem e que traz uma história de tirar o fôlego. Mais especificamente falando do filme, o cenário, trilha e atuação dos atores está impecável.
Para quem não conhece a história, aí vai um resumão (mas calma… não vou contar o final, tá?! Kk)
Tudo se passa na futurística Chicago (EUA)… a cidade está aos pedaços e a sociedade está dividida em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição. Cada morador deve passar por teste aos 16 anos e caso não tenha aptidão para pertencer a nenhuma delas, é o mesmo que estar destinado ao fracasso para o resto da vida. Uma jovem – a Beatrice (Tris) – personagem principal do filme – não responde às simulações conforme o esperado e passa a ser considerada uma “Divergente” (pois ela se encaixa em mais de uma facção). Com esse novo “rótulo” ela deve fazer importantes escolhas e enfrentar novos desafios que trazem uma série de acontecimentos para a sua vida e até para a sociedade na qual vive. Para alguns personagens, ser considerado “divergente” é um problema… mas ao acompanhar as aventuras de Tris vemos que não é bem assim. (Não vou entrar mais em detalhes, blz?!)
Mas então… sobre o que eu queria falar mesmo?! Há… sobre essa coisa de rótulos, títulos etc e tal.
De certa forma, essa obra me fez parar para pensar nessa “mania” que muitas vezes temos de querer criar classificações – rótulos mesmo – para as pessoas.
Tipo…se você usa óculos, gosta de sentar na primeira carteira da sala de aula, ler e estudar… muito provavelmente já deve ter recebido o apelido de nerd… Já se curte moda, ama cor-de- rosa, maquiagem e é delicada, talvez já te chamaram de “patricinha”. O ruim é quando esses rótulos nos ofendem. Pior ainda é quando rotulamos os outros.
Pra falar a verdade, Deus nos criou com vários talentos e habilidades. Cada ser humano é diferente, único e cheio de possibilidades. Talvez aquele que todo mundo chama de nerd seja um esportista nato, um músico descolado e alguém maravilhoso para contar boas piadas. Já a “patricinha” pode ser uma lutadora de karatê e ter força suficiente pra botar todo mundo pra correr! É mais ou menos como aquela cena do High School Musical 1, quando a galera canta a canção Stick to the status quo (Mantenha o status quo/ Status quo, neste caso é a mesma coisa que “manter as aparências”, “deixar as coisas como estão”). Na cena, enquanto vários insistem para que os colegas mantenham esse sistema de “rotulação” e “aparências”, alguns personagens param com isso, deixam essas limitações de lado, e falam de suas aptidões: um skatista que toca violoncelo; Uma garota que ama estudar, mas também dançar Hip Hop; um jogador de basquete que curte cozinhar…. Quem disse que skate e música clássica não combinam?!
Bom… e mesmo que sejamos totalmente diferentes, ser considerado um “divergente” acaba sendo um “rótulo” também. Isso não é legal.
Todos somos importantes. Fomos criados para brilhar nessa Terra, fazer o melhor com as nossas vidas, utilizar nossos talentos para fazer o bem, para amar o próximo, para deixar o mundo mais bonito. Cada ser humano, com todas as suas características especiais, é necessário. Somos mais que rótulos, somos pessoas criadas por um Deus grande e maravilhoso.